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Com protesto de motoristas, pontos de ônibus ficam lotados na Zona Leste

Moradores desistem de ir ao trabalho ou esperam horas por ônibus.
Manifestação impede ônibus emergenciais de circular; 150 mil são afetados.
Ponto de ônibus lotado em Cidade Tiradentes (Foto: Letícia Macedo/ G1)

Moradores de Cidade Tiradentes, Zona Leste, lotam os pontos de ônibus da região após motoristas e cobradores da empresa Itaquera-Brasil, antiga Novo Horizonte, não saírem da garagem na manhã desta sexta-feira (11).
O protesto é pelo pagamento de salários e horas extras. Eles também reclamam do plano de saúde cortado e da falta da entrega de cesta básica há dois meses. Pelo menos 24 linhas, com 220 ônibus, estão prejudicadas e 150 mil pessoas, afetadas.
Por volta das 11h40, grevistas se concentravam na rua da garagem, na rua João Cabral de Melo Neto,  aguardando posicionamento do sindicato e da Secretaria dos Transportes. Carros da manutenção estão nas ruas para reparar onibus com pneus murchos. Motoristas prometem manifestação à tarde quando ônibus do Paese vão voltar a circular.
A empregada doméstica Zoneide Claudino da Silva,39, chegou às 6h em seu ponto de ônibus e desistiu de ir trabalhar. "Fui tomar café e voltei. Pra mim não compensa pegar outra linha, porque daí preciso pagar três conduções. Desisti de ir para o trabalho. Como eu vou voltar pra casa se não voltarem a trabalhar?", questionou.
Já a irmã de Zoneide Zupeis Claudino da Silva,42, não havia desistido de pegar um ônibus até a Praça do Patriarca. "Eu vou tentar ir ainda. O ônibus cheio não assusta ninguém. Todo dia tem gente pendurada. Não e só hoje que tem greve, não. Saio às 5h. Nesse horário tem dia em que espero cinco ônibus passarem pra conseguir entrar", afirmou.
A doméstica Flávia Maria de Souza Mello, 38, esperou duas horas e meia pra pegar um ônibus no sentindo Penha."Meu patrão mandou eu ficar em paz. Mas eu não estou em paz, porque sou acostumada a trabalhar", disse por volta das 10h30 pouco antes do ônibus parar no ponto.
Os ônibus do Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) foram acionados para substituir os veículos paralisados. Nesta manhã, 119 ônibus de outras empresas atendem metade das linhas paralisadas.
No entanto, o G1 viu 15 ônibus do Paese parados e seis veículos com os pneus furados. Funcionários grevistas tentam convencer motoristas do Paese a não circular.
Ônibus com pneu furado em protesto de motoristas na Zona Leste  (Foto: Letícia Macedo/ G1)Ônibus com pneu furado em protesto de motoristas
na Zona Leste (Foto: Letícia Macedo/ G1)
Por volta das 6h30, os funcionários da Itaquera-Brasil iniciaram o protesto em frente à garagem na Estrada Santo Inácio.

Em abril, os funcionários da empresa cruzaram os braços. Eles disseram que a empresa não tinha efetuado o pagamento de horas extras nem da participação nos lucros. Ainda segundo motoristas e cobradores, a empresa descontava uma taxa pelo plano de saúde, mas havia cancelado o convênio. Na época, o presidente da empresa, Vilson Pereira, afirmou que o valor repassado pela Prefeitura à viação era insuficente.

Após a paralisação de abril, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que estudava a criação de uma companhia municipal de transportes que poderá atuar quando greves atingirem as empresas de ônibus que já operam na capital ou quando essas viações tiverem a qualidade do serviço reprovada.
Zona Oeste
A Viação Transpass, na Zona Oeste de São Paulo, também teve problemas. O Paese também foi acionado, mas os funcionários da empresa voltaram ao trabalho e a situação foi normalizada.
Ônibus do Paese são impedidos de circular na Zona Leste (Foto: Letícia Macedo/ G1)Ônibus do Paese são impedidos de circular na Zona Leste (Foto: Letícia Macedo/ G1)
 
 
 
 
 
Letícia Macedo Do G1 São Paulo
 
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