Ela e Horacio Cartes inauguram linha de transmissão de Itaipu no Paraguai.
Presidente também deve anunciar investimentos em mobilidade no Paraná.
Dilma e Cartes após encontro bilateral em setembro, no Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR) |
Antes de ir para Foz do Iguaçu, Dilma participará, em Curitiba, do anúncio de recursos para obras de mobilidade urbana no Paraná. O dinheiro a ser anunciado faz parte dos R$ 50 bilhões prometidos para o setor depois das manifestações de junho.
As assessorias de imprensa do Ministério das Cidades e do Palácio do Planalto ainda não confirmam, mas a expectativa é de novos recursos para a Linha Azul do metrô de Curitiba e para o BRT. O anúncio acontece às 14h.
A linha de transmissão de 500 kV deve ampliar em 1.200 megawatts a capacidade do Paraguai em receber a energia produzida por Itaipu. Hoje, apesar de o país ser dono de metade do que é produzido, ele consegue absorver apenas 10%.
De acordo com informações da Itaipu Binacional, a obra foi financiada quase integralmente pelo Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). O custo total foi de US$ 320 milhões.
Relação
A relação entre Brasil e Paraguai sobre Itaipu Binacional já passou por altos e baixos. Em 2008, o então presidente Fernando Lugo pediu a revisão do acordo entre os dois países, a fim de alterar os termos do tratado assinado em 1973, que rege o funcionamento da hidrelétrica.
Depois de negociações, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concordou em aumentar o valor pago pelo excedente que o Brasil compra do Paraguai, já que o país não usa toda a parte que lhe cabe na divisão. Na época, o Brasil triplicou os US$ 120 milhões pagos anualmente pela energia.
O encontro desta terça será o quinto de Dilma com Cartes desde que ele tomou posse, em agosto. Na última reunião, em setembro deste ano no Palácio do Planalto, os dois trataram sobre a linha de transmissão a ser inaugurada nesta terça.
"A energia elétrica é condição para o desenvolvimento de regiões. Nós sabemos disso porque aqui no Brasil também tivemos momentos de deficiência na questão energética e sabemos o preço que pagamos por isso", disse a presidente, após o encontro a portas fechadas.
Em setembro, os dois também falaram sobre a volta do país vizinho ao Mercosul. O Paraguai foi suspenso do bloco temporariamente depois que o presidente Fernando Lugo foi destituído.
"Nós discutimos bastante sobre a questão do Mercosul e reiterei ao Cartes a importância que o Brasil dá a participação do Paraguai no Mercosul. Nós consideramos que essa participação tem um significado muito importante neste momento e consideramos também que, por sermos capazes de integrar da Patagônia ao Caribe, me refiro à Venezuela, tornamos a nossa região com tecido multilateral muito mais forte", disse Dilma, na ocasião.