Provas foram aplicadas nos dias 26 e 27 em 1.661 municípios brasileiros.
Resultado deve sair na primeira semana de janeiro, segundo Mercadante.
Cadernos de prova do Enem 2013 (Foto: G1) |
O Ministério da Educação divulgou o gabarito oficial da edição de 2013
do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As provas foram realizadas no
sábado (26) e domingo (27). Os documentos referentes a cada cor de prova
estão disponíveis para download no site do Enem.
O resultado individual das provas, que inclui a correção e nota da redação, deve ser divulgado na primeira semana de janeiro de 2014.
Os participantes podem acessar os resultados individuais mediante inserção do número de inscrição e senha ou CPF e senha no site do Enem.
Os candidatos que fizeram as prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem),
e por alguma razão esqueceram de marcar no cartão-resposta a cor do
caderno de provas que recebeu ou a frase que continha em destaque (uma
coisa ou a outra) terá a prova corrigida, segundo informou a assessoria
de imprensa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
(Inep), autarquia do Ministério da Educação responsável pela organização
do Enem.
Segundo o edital, a capa do caderno de questões possui informações
sobre a cor do mesmo e uma frase em destaque. Cabe obrigatoriamente ao
candidato marcar nos cartões-resposta a opção correspondente à cor da
capa do caderno de questões. Ele também deve transcrever nos
cartões-resposta a frase apresentada na capa de seu caderno de questões.
O Inep afirma que, se o candidato transcreveu uma das duas opções (a cor ou a frase da prova), é possível identificar qual cor de prova o candidato realizou, uma vez que para cada cor de prova existe uma frase específica. No caso da prova rosa de domingo, por exemplo, a frase que identifica a cor da prova é "De tudo fica um pouco".
Provas de 2013
As 90 questões de ciências humanas e de ciências da natureza aplicadas no sábado trouxeram perguntas que abordavam globalização, a demarcação de terras indígenas, o governo de Juscelino Kubitschek, circuitos elétricos, química orgânica e a transmissão da rubéola. Entre os elementos de cultura pop que apareceram nas questões estava a canção "Disneylândia", do grupo Titãs. Em ciências humanas, os alunos se depararam com diversas charges e cartuns, alguns deles históricos, como um da década de 1930 que falava sobre o voto feminino no Brasil, e outro que ilustrava a época do governo de Juscelino Kubitschek, marcada pelo desenvolvimentismo, mas também pela desigualdade social.
Já em ciências da natureza, a prova do Enem trouxe questões clássicas principalmente em física e química, com problemas que pediam conhecimentos como amperagem e voltagem, e outros exigindo o cálculo de massa, mol, além de outras questões de química orgânica. Em outra questão de física, os candidatos tiveram que identificar os diferentes gráficos que representavam adequadamente os movimentos de velocidade nas diversas fases da queda de um paraquedista.
A questão mais comentada, porém, foi uma de história do Brasil que, no texto de uma charge, trouxe a palavra "gasolina" escrita com "z". O MEC explicou que a grafia errada tem um contexto histórico e irônico, mas a pergunta acabou virando piada no Twitter.
No domingo, a prova de linguagens e códigos trouxe um texto em inglês sobre Steve Jobs, o fundador da empresa de tecnologia Apple, e o candidato tinha de responder qual sua contribuição para a tecnologia. Em português, uma das questões trouxe um trecho da música "Até Quando" do cantor Gabriel o Pensador. Também uma das questões citava os protestos no Egito e a relação deles com a internet. Em matemática houve a predominância de cálculo de área de todos os objetos, cálculo de tangente, perguntas sobre lucro e porcentagem, com exemplos que traziam o aluno para situações da vida real, como calcular o melhor custo/benefício ou saber qual empresa deu mais retorno em menos tempo. Conhecimentos mais específicos sobre logaritmo foram requisitados. A maioria das questões pedia que o aluno soubesse lidar com conversão de unidades, de minutos para segundos, de centímetros para metros, entre outras.
As provas foram consideradas puxadas por estudantes e professores. Segundo eles, nesta edição, o Enem ficou "com jeito de vestibular".
A divulgação do gabarito oficial do Enem 2013, porém, não pode ser usada como base para o cálculo da nota final dos candidatos. Isso acontece porque a metodologia usada pelo exame leva em consideração outros fatores, e não só o número de questões certas. A Teoria de Resposta ao Item (TRI) usa um conjunto de cálculos e probabilidades baseados no tipo de pergunta que o candidato acerta e no desempenho dos demais estudantes. Entenda como é feito esse cálculo
A prova de redação do Enem neste ano teve como tema "Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil". O assunto foi considerado por professores como atual, pertinente e adequado ao formato de redação do exame. Quatro informações serviram como base para a redação, duas imagens e dois textos. Uma das imagens ilustrava uma campanha do governo federal defendendo que as pessoas não dirijam após beber, e a outra trouxe um infográficos com dados de uma pesquisa sobre os efeitos da campanha na percepção da população. Já os dois textos eram informativos e traziam dados sobre acidentes de trânsito e iniciativas de adaptação dos bares à nova legislação, que entrou em vigor em 2008 e, em 2012, se tornou ainda mais rígida.
As regras da correção da redação também se tornaram ficaram mais duras neste ano. Inserção de trechos indevidos, como receitas de macarrão e hinos de times de futebol, que fogem ao tema, poderão resultar em nota zero para o candidato. A alteração, inclusive, está explícita no edital da prova, ao contrário das edições anteriores.
Além disso, o limite para a discrepância entre as duas notas dos corretores foi reduzido. Neste ano, todas as redações do Enem serão corrigidas por pelo menos duas pessoas. Todas as vezes que as duas notas tiverem uma diferença de mais de 100 pontos, um terceiro avaliador corrigirá a prova para que se chegue à nota final. No ano passado, essa tolerância era de 200 pontos. Se a nota em um das cinco competências (que vai de 0 a 200) tiver discrepância de 80 pontos, a redação também irá para o tercerio corretor.
Por causa da mudança, a estimativa do governo é de um aumento no número de redações que passem pela terceira correção. Em 2012, 21% das provas estiveram nessa situação. Agora, ele afirma que essa porcentagem chegue a um terço. Para garantir uma correção mais rigorosa, houve um aumento no número de corretores de 5.692 para uma quantidade prevista de 8.400 segundo o Inep. O número de supervisores também subiu, de 234 para 280, e 35 coordenadores deverão liderar o processo de avaliação.
Após a fase de correção, as redações estarão disponíveis para visualização na página do Inep na internet, mas segundo o edital, seu uso será apenas para fins pedagógicos. Os estudantes terão acesso com a senha pessoal gerada no momento em que fizeram a inscrição para o exame. Ainda não há data para essa divulgação.
Do G1, em São Paulo
O resultado individual das provas, que inclui a correção e nota da redação, deve ser divulgado na primeira semana de janeiro de 2014.
Os participantes podem acessar os resultados individuais mediante inserção do número de inscrição e senha ou CPF e senha no site do Enem.
VEJA O GABARITO OFICIAL DAS PROVAS DE SÁBADO (26) DO ENEM 2013 |
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1º DIA (sábado) Gabarito da PROVA AZUL |
1º DIA (sábado) Gabarito da PROVA AMARELA |
1º DIA (sábado) Gabarito da PROVA BRANCA |
1º DIA (sábado) Gabarito da PROVA ROSA |
VEJA O GABARITO OFICIAL DAS PROVAS DE DOMINGO (27) DO ENEM 2013 |
|||
---|---|---|---|
2º DIA (domingo) Gabarito da PROVA AZUL |
2º DIA (domingo) Gabarito da PROVA AMARELA |
2º DIA (domingo) Gabarito da PROVA CINZA |
2º DIA (domingo) Gabarito da PROVA ROSA |
O Inep afirma que, se o candidato transcreveu uma das duas opções (a cor ou a frase da prova), é possível identificar qual cor de prova o candidato realizou, uma vez que para cada cor de prova existe uma frase específica. No caso da prova rosa de domingo, por exemplo, a frase que identifica a cor da prova é "De tudo fica um pouco".
As 90 questões de ciências humanas e de ciências da natureza aplicadas no sábado trouxeram perguntas que abordavam globalização, a demarcação de terras indígenas, o governo de Juscelino Kubitschek, circuitos elétricos, química orgânica e a transmissão da rubéola. Entre os elementos de cultura pop que apareceram nas questões estava a canção "Disneylândia", do grupo Titãs. Em ciências humanas, os alunos se depararam com diversas charges e cartuns, alguns deles históricos, como um da década de 1930 que falava sobre o voto feminino no Brasil, e outro que ilustrava a época do governo de Juscelino Kubitschek, marcada pelo desenvolvimentismo, mas também pela desigualdade social.
Já em ciências da natureza, a prova do Enem trouxe questões clássicas principalmente em física e química, com problemas que pediam conhecimentos como amperagem e voltagem, e outros exigindo o cálculo de massa, mol, além de outras questões de química orgânica. Em outra questão de física, os candidatos tiveram que identificar os diferentes gráficos que representavam adequadamente os movimentos de velocidade nas diversas fases da queda de um paraquedista.
A questão mais comentada, porém, foi uma de história do Brasil que, no texto de uma charge, trouxe a palavra "gasolina" escrita com "z". O MEC explicou que a grafia errada tem um contexto histórico e irônico, mas a pergunta acabou virando piada no Twitter.
No domingo, a prova de linguagens e códigos trouxe um texto em inglês sobre Steve Jobs, o fundador da empresa de tecnologia Apple, e o candidato tinha de responder qual sua contribuição para a tecnologia. Em português, uma das questões trouxe um trecho da música "Até Quando" do cantor Gabriel o Pensador. Também uma das questões citava os protestos no Egito e a relação deles com a internet. Em matemática houve a predominância de cálculo de área de todos os objetos, cálculo de tangente, perguntas sobre lucro e porcentagem, com exemplos que traziam o aluno para situações da vida real, como calcular o melhor custo/benefício ou saber qual empresa deu mais retorno em menos tempo. Conhecimentos mais específicos sobre logaritmo foram requisitados. A maioria das questões pedia que o aluno soubesse lidar com conversão de unidades, de minutos para segundos, de centímetros para metros, entre outras.
As provas foram consideradas puxadas por estudantes e professores. Segundo eles, nesta edição, o Enem ficou "com jeito de vestibular".
A divulgação do gabarito oficial do Enem 2013, porém, não pode ser usada como base para o cálculo da nota final dos candidatos. Isso acontece porque a metodologia usada pelo exame leva em consideração outros fatores, e não só o número de questões certas. A Teoria de Resposta ao Item (TRI) usa um conjunto de cálculos e probabilidades baseados no tipo de pergunta que o candidato acerta e no desempenho dos demais estudantes. Entenda como é feito esse cálculo
Uma das imagens usadas para motivar a redação
dos candidatos (Foto: Reprodução)
Redaçãodos candidatos (Foto: Reprodução)
A prova de redação do Enem neste ano teve como tema "Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil". O assunto foi considerado por professores como atual, pertinente e adequado ao formato de redação do exame. Quatro informações serviram como base para a redação, duas imagens e dois textos. Uma das imagens ilustrava uma campanha do governo federal defendendo que as pessoas não dirijam após beber, e a outra trouxe um infográficos com dados de uma pesquisa sobre os efeitos da campanha na percepção da população. Já os dois textos eram informativos e traziam dados sobre acidentes de trânsito e iniciativas de adaptação dos bares à nova legislação, que entrou em vigor em 2008 e, em 2012, se tornou ainda mais rígida.
As regras da correção da redação também se tornaram ficaram mais duras neste ano. Inserção de trechos indevidos, como receitas de macarrão e hinos de times de futebol, que fogem ao tema, poderão resultar em nota zero para o candidato. A alteração, inclusive, está explícita no edital da prova, ao contrário das edições anteriores.
Além disso, o limite para a discrepância entre as duas notas dos corretores foi reduzido. Neste ano, todas as redações do Enem serão corrigidas por pelo menos duas pessoas. Todas as vezes que as duas notas tiverem uma diferença de mais de 100 pontos, um terceiro avaliador corrigirá a prova para que se chegue à nota final. No ano passado, essa tolerância era de 200 pontos. Se a nota em um das cinco competências (que vai de 0 a 200) tiver discrepância de 80 pontos, a redação também irá para o tercerio corretor.
Por causa da mudança, a estimativa do governo é de um aumento no número de redações que passem pela terceira correção. Em 2012, 21% das provas estiveram nessa situação. Agora, ele afirma que essa porcentagem chegue a um terço. Para garantir uma correção mais rigorosa, houve um aumento no número de corretores de 5.692 para uma quantidade prevista de 8.400 segundo o Inep. O número de supervisores também subiu, de 234 para 280, e 35 coordenadores deverão liderar o processo de avaliação.
Após a fase de correção, as redações estarão disponíveis para visualização na página do Inep na internet, mas segundo o edital, seu uso será apenas para fins pedagógicos. Os estudantes terão acesso com a senha pessoal gerada no momento em que fizeram a inscrição para o exame. Ainda não há data para essa divulgação.
Do G1, em São Paulo