Criança loira foi encontrada com família cigana na Grécia na última semana.
Pais biológicos teriam abandonado a menina por falta de dinheiro.
Conhecida como Maria ou “anjo loiro”, a menina foi retirada dos ciganos gregos, que foram presos.
Promotores búlgaros investigam se a mãe, Sasha Ruseva, de 35 anos, concordou em vender a filha na Grécia, uma acusação que ela nega.
O caso ilustra a situação dos ciganos na Bulgária, muitos dos quais passam suas vidas na pobreza, são analfabetos e marginalizados pela sociedade.
A menina de quatro anos, chamada Maria e apelidada de "anjo loiro" pela mídia grega, foi encontrada na semana passada escondendo-se sob um cobertor em um assentamento cigano na região central da Grécia. Testes de DNA mostraram que os ciganos com os quais ela vivia não eram seus pais verdadeiros.
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Autoridades gregas tentam identificar a origem da menina Maria (Foto: The Smile of the Child/AP) |
"Análises de DNA provaram que Sasha Ruseva é a mãe biológica da menina chamada Maria", disse o comissário-chefe do Ministério do Interior, Svetlozar Lazarov, a repórteres. "Os testes também mostraram que Atanas Rusev é o pai biológico."
Ruseva e seu marido de 37 anos, pais de outras nove filhos entre 2 e 20 anos, vivem em extrema pobreza em uma cabana com piso de lama e telhado parcialmente quebrado na cidade de Nikolaevo, a cerca de 280 km de Sofia.
"Nós todos moramos em um cômodo - meu marido, eu e todas as crianças", contou Ruseva a repórteres na quinta-feira à noite, enquanto segurava o filho de dois anos Atanas.
Um dos filhos dela disse à imprensa local que sua mãe havia reconhecido Maria, de cerca de 4 anos, na televisão.
Outros parentes confirmaram a versão.
A Justiça grega indiciou na segunda-feira os ciganos que disseram ser pais da menina - um homem de 39 anos e sua esposa, de 40 -, por "sequestro" e os colocou em detenção à espera de julgamento.
Não se sabe se o teste de DNA e os depoimentos da família búlgara irão modificar sua situação.
O casal disse que a mãe da menina a deu a eles porque não tinha condições de cuidar da criança.
As autoridades gregas procuraram a ajuda da Interpol para identificar Maria.
Do G1, em São Paulo