Partido da chanceler sofreu derrota em eleições estaduais no domingo.
Aliado pediu mudanças na política que motivou derrota nas votações.
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| Chanceler alemã, Angela Merkel, e o líder do Partido Cristão Democrata (CDU) chegam a encontro em Berlim, na Alemanha, neste domingo (14). Partido sofreu derrota nas eleições estaduais (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters) |
O governo alemão manterá a atual política sobre os refugiados, apesar dos maus resultados do partido da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, nas eleições regionais de domingo (14), segundo a France Presse.
"O governo federal continua com toda a sua força política sobre os refugiados em nível nacional e internacional", declarou Steffen Seibert, porta-voz de Merkel, ao comentar a derrota da União Democrata-Cristã (CDU) em dois estados e a ascensão do partido anti-imigrantes Alternativa para a Alemanha (AfD) nas eleições regionais ocorridas em três estados.
O presidente da União Social-Cristã (CSU) da Baviera, Horst Seehofer, chegou a fazer um apelo pela mudança da política migratória nesta segunda. O CSU é parceiro minoritário de da coalizão liderada por Merkel na esfera federal.
"A principal razão (dos maus resultados dos candidatos da CDU) é a política em matéria de refugiados, não tem sentido evitar falar disso. Não é possível que depois de um resultado assim digamos à população: 'Seguimos como antes' ", disse Seehofer após uma reunião de seu partido em Munique (sul).
Repercussão na imprensa
A derrota parcial do partido de Merkel chamou a atenção da imprensa. "O despertar" foi a manchete do jornal Handelsblatt desta segunda-feira, acima de uma caricatura de Merkel em agasalho esportivo lutando para segurar pesos representando seus conservadores e o Partido Social-Democrata, segundo a Reuters.
O jornal de grande circulação Bild disse em seu editorial desta segunda que Merkel experimentou "uma derrota esmagadora neste domingo de eleições super torturante", mas que provavelmente irá manter sua rota política e que o preço disso será uma coalizão conservadora profundamente dividida, também de acordo com a agência Reuters.
Do G1, em São Paulo
