Velório e a cerimônia aconteceram no Memorial do Carmo, no Caju.
Avellar tinha 79 anos e lutava contra um câncer.
José Carlos Avellar em 2013
(Foto: Ailton Silva/ Divulgação IMS)
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O corpo do crítico de cinema e jornalista José Carlos Avellar foi
cremado neste domingo (20). O velório e a cerimônia de cremação
aconteceram no Memorial do Carmo, no Caju. Ele tinha 79 anos e lutava
contra um câncer. José Carlos Avellar era um crítico respeitado,
participou de júris de festivais, como o de Veneza e de Cannes. E por
muitos anos foi o representante brasileiro no Festival de Berlim.
O jornalista tratava um linfoma. Avellar construiu uma sólida carreira como crítico, sendo internacionalmente reconhecido pela publicação de artigos e livros. Até o falecimento, o jornalista foi Coordenador de Cinema do Instituto Moreira Salles.
Nascido em 1936 no Rio de Janeiro,
José Carlos Avellar consolidou sua carreira como crítico de cinema no
Jornal do Brasil, onde trabalhou por 20 anos. Seus textos foram
publicados em importantes veículos no exterior e em catálogos de
festivais, como o de Locarno, na Suíça. Ele também participou da crítica
e do júri de importantes festivais, como os de Veneza e Cannes, além de
ter sido, durante muitos anos, o representante brasileiro no Festival
de Berlim escolhendo as obras que seriam exibidas.
Em dezembro de 2006, José Carlos Avellar recebeu, do governo francês, a condecoração Chevalier des Arts et Lettres. Ele também publicou seis livros, entre os quais se destaca O chão da palavra: cinema e literatura no Brasil (2007), onde analisava clássicos da literatura como “Vidas secas” e “Mémórias do cárcere.”
Como gestor público, ele foi vice-diretor e diretor da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, vice-presidente da Associação Internacional dos Críticos de Cinema (Fripesci), diretor da Riofilme entre 1995 a 2000, além de curador do Festival de Gramado entre os anos de 2006 e 2011.
Avellar teve importante papel na retomada do cinema nacional. Como diretor da Riofilme, ajudou a tornar possível a realização de obras como Amarelo Manga, Lavoura Arcaica e Central do Brasil, que ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim e pelo qual Fernanda Montenegro foi premiada com o Urso de Prata e recebeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz.
O crítico também foi professor na escola de cinema Darcy Ribeiro. Desde 2008, Avellar era responsável pela programação dos cinemas do Instituto Moreira Salles. No Instituto, ele criou a coleção de DVDs, na qual se lançou pela primeira vez no mercado brasileiro obras indispensáveis do cinema internacional e nacional, como Shoah, o extenso documentário de
Claude Lanzmann sobre o holocausto; e Cabra marcada para morrer, obra-prima de Eduardo Coutinho. Pela sua curadoria na área de cinema do IMS, Avellar recebeu o prêmio Faz Diferença do jornal O Globo em 2014.
Nos anos 60 e 70 do século passado, Avellar dirigiu o curta-metragem Treiler e codirigiu outras duas obras. Ele também trabalhou como diretor de fotografia, produtor e editor em outras obras.
José Carlos Avellar era casado e não tinha filhos. O velório começará às 11h e a cremação acontecerá às 16h, no Memorial do Carmo, no Caju.
Do G1 Rio
O jornalista tratava um linfoma. Avellar construiu uma sólida carreira como crítico, sendo internacionalmente reconhecido pela publicação de artigos e livros. Até o falecimento, o jornalista foi Coordenador de Cinema do Instituto Moreira Salles.
Em dezembro de 2006, José Carlos Avellar recebeu, do governo francês, a condecoração Chevalier des Arts et Lettres. Ele também publicou seis livros, entre os quais se destaca O chão da palavra: cinema e literatura no Brasil (2007), onde analisava clássicos da literatura como “Vidas secas” e “Mémórias do cárcere.”
Como gestor público, ele foi vice-diretor e diretor da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, vice-presidente da Associação Internacional dos Críticos de Cinema (Fripesci), diretor da Riofilme entre 1995 a 2000, além de curador do Festival de Gramado entre os anos de 2006 e 2011.
Avellar teve importante papel na retomada do cinema nacional. Como diretor da Riofilme, ajudou a tornar possível a realização de obras como Amarelo Manga, Lavoura Arcaica e Central do Brasil, que ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim e pelo qual Fernanda Montenegro foi premiada com o Urso de Prata e recebeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz.
O crítico também foi professor na escola de cinema Darcy Ribeiro. Desde 2008, Avellar era responsável pela programação dos cinemas do Instituto Moreira Salles. No Instituto, ele criou a coleção de DVDs, na qual se lançou pela primeira vez no mercado brasileiro obras indispensáveis do cinema internacional e nacional, como Shoah, o extenso documentário de
Claude Lanzmann sobre o holocausto; e Cabra marcada para morrer, obra-prima de Eduardo Coutinho. Pela sua curadoria na área de cinema do IMS, Avellar recebeu o prêmio Faz Diferença do jornal O Globo em 2014.
Nos anos 60 e 70 do século passado, Avellar dirigiu o curta-metragem Treiler e codirigiu outras duas obras. Ele também trabalhou como diretor de fotografia, produtor e editor em outras obras.
José Carlos Avellar era casado e não tinha filhos. O velório começará às 11h e a cremação acontecerá às 16h, no Memorial do Carmo, no Caju.
Do G1 Rio