Ao menos 69 pessoas morreram em Punjab, neste domingo.
Facção do Talibã assumiu ataque e disse que cristãos eram alvo.
Vítima da explosão sendo socorrida depois que uma bomba explodiu em um parque público no Paquistão (Foto: Arif Ali/ AFP) |
Segundo Muhammad Usman, uma autoridade da cidade de Lahore, entre os feridos há 50 crianças e várias mulheres, muitos em "estado crítico".
A explosão aconteceu na área de estacionamento, a poucos metros de onde ficam balanços para crianças. A facção do Talibã Jamaat-ul-Ahrar disse que foi a responsável pelo ataque a bomba suicida.
O parque Gulshan-e-Iqbal, muito popular, estava especialmente cheio neste domingo de primavera, quando a comunidade cristã celebrava a Páscoa em Lahore, cidade de 8 milhões de habitantes.
Javed Ali, de 35 anos, cuja casa está situada diante da entrada do parque, disse que escutou "uma enorme explosão que destruiu as vidraças" de sua residência. "Tudo tremeu, as pessoas gritavam e havia poeira e fumaça por todas as partes".
Testemunhas disseram ter visto partes de corpos espalhadas pelo estacionamento quando a poeira baixou após a explosão.
O parque estava particularmente movimentado no domingo, devido ao fim de semana do feriado de Páscoa.
"Aparentemente trata-se de um atentado suicida. O parque estava lotado neste domingo", indicou por sua vez à AFP Haider Ashraf, um oficial da polícia, ressaltando que esferas de rolamento foram encontradas no local.
Em 2014, o Paquistão lançou uma ofensiva contra o Talibã e combatentes jihadistas aliados, para evitar que estes criassem refúgios no país para lançar ataques contra o próprio Paquistão ou o Afeganistão.
Punjab tem sido tradicionalmente mais pacífica que outras partes do Paquistão. Mas no ano passado uma bomba matou um popular ministro da província e mais oito pessoas em um ataque contra a casa do ministro na região.
O Paquistão, nação com armas nucleares de 190 milhões de pessoas, é atormentado pela insurgência Talibã, gangues criminosas e violência sectária. Punjab é sua maior e mais rica província.
Do G1, em São Paulo