Servidora foi encontrada em casa com sinais de violência sexual e graves contusões na cabeça e na região do tórax
Julgamento ocorreu no dia em que Ivanda Alves de Souza faria aniversário (Foto: Divulgação) |
Depois de quase 12 horas
de julgamento, foi concluído ontem à noite o Júri Popular de Jaime
Alves Figueira, acusado de matar a ex-companheira, a funcionária pública
federal Ivanda Alves de Souza. Ele foi condenado a 16 anos e quatro
meses de prisão em regime fechado, mas vai recorrer em liberdade. A
sessão iniciou por volta das 8h de ontem, no Fórum Criminal Ministro
Evandro Lins e Silva, no bairro Caranã, zona Oeste, e foi concluída por
volta das 21h.
A denúncia do Ministério Público de
Roraima (MPRR) foi sustentada pelo promotor de justiça Carlos Paixão. De
acordo com a denúncia, a vítima foi encontrada pela própria filha,
Érika Bessa, em sua residência, no bairro Mecejana, com sinais de
violência sexual e graves contusões na cabeça e na região do tórax, em
maio de 2014.
O caso ganhou grande repercussão no
Estado por conta da trajetória profissional de Ivanda, que trabalhava na
Superintendência da Administração Federal (Sanf) e pela barbaridade do
crime. Coincidentemente, o julgamento foi realizado no dia do
aniversário da vítima, quando ela completaria 57 anos.
Ivanda chegou a ser encontrada com vida e
ficou hospitalizada em estado grave no Hospital Geral de Roraima (HGR)
por vinte dias. Segundo os familiares, dezoito dias após a internação, a
servidora pública saiu do coma, recobrou a consciência e conversou com
os parentes, mas dois dias depois sofreu uma convulsão e faleceu.
Um julgamento foi marcado para ocorrer
em novembro de 2016, no entanto, o advogado de defesa alegou que estava
doente e a petição de adiamento foi acatada pela juíza titular da 1ª
Vara do Tribunal do Júri, Lana Leitão. Para o julgamento de ontem foi
nomeado um defensor público para a defesa do réu.
Jaime Figueira ficou casado com Ivanda
por cerca de 25 anos, mas a família relatava momentos de violência
constantes. Na época do crime, os dois estavam separados há cerca de
dois anos, mas morando na mesma casa, no bairro Mecejana, na zona Oeste,
porque ninguém queria abrir mão do patrimônio.
Por Folha Web