Tema discutido foi sobre como ampliar os investimentos na formação profissional, através de alianças com conselhos, sindicatos e bancos (Foto: Antônio Carlos) |
A Comissão Estadual de
Emprego de Roraima (Coer) e a Secretaria de Estado de Trabalho e
Bem-Estar Social (Setrabes) realizaram, na quarta e quinta-feira, o VI
Encontro Estadual de Políticas Públicas de Emprego, Trabalho e Renda. O
auditório da Setrabes foi o local para os três painéis que analisaram o
mercado atual e seus desafios, além da participação dos conselhos e
comissões no fomento ao trabalho.
Dentre os convidados para os debates
estavam o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Federação das
Indústrias do Estado de Roraima (Fier), a Central Única dos
Trabalhadores de Roraima (CUT), a Secretaria Municipal de Gestão Social
de Boa Vista (Semges) e o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (Codefat).
O presidente da Coer, Emerson Arantes,
afirmou que, apesar de Roraima ter registrado crescimento na geração de
empregos, ainda é necessário aumentar os investimentos tanto no setor
público quanto no privado.
Este último ainda sofre com a baixa
qualificação dos candidatos a emprego, o que é observado através do
Sistema Nacional de Emprego (Sine) em Roraima, que recebe muitos
currículos que não atendem às demandas.
Para investir mais na qualificação dos
trabalhadores do Estado, Emerson Arantes disse que é necessário
incentivar a criação de Conselhos Municipais de Emprego para captar
investimentos específicos para o setor. O Fundo do Amparo ao
Trabalhador, que é vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e
custeia programas como o Seguro Desemprego, Desenvolvimento Econômico e
Abono Salarial através das contribuições feitas para o Programa de
Integração Social (PIS), possui orçamento nacional de R$ 78 bilhões,
podendo apoiar o desenvolvimento profissional.
“Nosso evento foi voltado para a
sociedade, representantes de entidades patronais, sindicatos de
trabalhadores, conselheiros e agentes fiscais como bancos e agências de
fomento. Como fazer a aliança entre eles? Quais os propósitos e desafios
dessas políticas?”, destacou.
CODEFAT – É por isso
que o presidente da Codefat, Virgílio Carvalho, veio de Brasília (DF)
para pensar a realidade de Roraima. Segundo ele, é impossível decidir
algo para uma região tão grande como a Norte estando em cidades como São
Paulo (SP) e Porto Alegre (RS).
“No nosso Observatório do Mercado de
Trabalho, vimos que 85% dos profissionais do Estado dependem de empregos
públicos. Queremos mudar esta característica – não para onerá-los, mas
para que cada um de nós que está dentro de um órgão público e tenha a
capacidade de empreender, saia, faça uma nova forma de trabalho que
gerará emprego e renda ao Brasil. As palavras ‘crise’ e ‘crie’, no
chinês, têm o mesmo significado. No português, só precisamos retirar o
‘s’”, comentou.
Em sua palestra, Virgílio Carvalho
mostrou as conquistas para os trabalhadores conseguidas pelo Fundo de
Amparo: um milhão e 200 mil pessoas retirando seu abono salarial, que em
2016 conseguiu ter seu prazo de retirada estendido para o dia 30 de
dezembro e fortalecimento da parceria com o Sebrae no financiamento do
capital de giro para as micro e pequenas empresas. (NW)
Por Folha Web