O Iraque abriu uma investigação sobre os bombardeios aéreos contra o
grupo extremista Estado Islâmico (EI) no oeste de Mossul, que segundo
testemunhas mataram um grande número de civis, anunciou neste domingo (26) um porta-voz militar.
As forças iraquianas, apoiadas pela coalizão internacional
antijihadista liderada por Washington, iniciaram em 19 de fevereiro uma
ofensiva para retomar a zona oeste de Mossul, depois de recuperar o
controle da zona leste da cidade em janeiro.
Autoridades iraquianas e testemunhas afirmam que os bombardeios aéreos
mataram civis no bairro de Mossul Al Jadida, entre dezenas e centenas,
dependendo da fonte.
O número exato não foi comprovado por fontes independentes.
"O ministro da Defesa abriu uma investigação a respeito", declarou o
general Yahya Rasool. O militar acusou os combatentes do EI de utilizar
os civis como escudos humanos.
A coalizão internacional admitiu no sábado que executou um bombardeio
em 17 de março em uma área do oeste de Mossul onde foram registradas
mortes de civis, sem informar que se tratava de Mossul Al Jadida.
O EI assumiu em 2014 o controle de grandes faixas do território do
Iraque, ao norte e ao oeste Bagdá. Desde então, as forças de segurança
expulsaram o grupo extremista de grande parte das áreas que dominava.
A zona oeste de Mossul é o último reduto urbano do EI no Iraque.
Por France Presse