O prédio onde funcionava
a tradicional Escola Estadual Coelho Neto, no Município de Mucajaí, a
Centro-Oeste do Estado, foi abandonado e virou ponto de venda e consumo
de drogas. O acadêmico de Enfermagem Gabriel Benone registrou imagens do
local que mostram computadores, mesas, carteiras e livros destruídos
por vândalos, que já começaram a retirar as telhas do teto.
A escola foi fechada há mais de um ano,
depois que a Prefeitura de Mucajaí pediu o prédio do Governo do Estado,
que passou a ser motivo de insegurança aos moradores. Durante a noite, o
local se tornou ponto de prostituição de adolescente e encontro de
desocupados. Além da quantidade de lixo acumulado dentro das salas,
podem ser encontrados preservativos e materiais usados para embalar
drogas.
O denunciante afirmou que servidores que
trabalhavam na escola não comentam sobre o abandono por medo de
represálias. “Alguns professores sabem que a escola está sendo depredada
aos poucos. Os vândalos destruíram e ladrões saquearam quase tudo. Os
materiais que estão jogados lá dentro poderiam ser aproveitados para uso
em outros setores do município. O que se vê é o nosso dinheiro
desperdiçado”, disse.
Devido à desativação da escola e sem
informações sobre a estrutura do prédio, uma professora fixou uma faixa
com a seguinte mensagem: “Escola Coelho Neto está morrendo, senhores
pais, professores e políticos. Vão ficar de braços cruzados? Vamos
deixar mais uma escola morrer? Socorro!!!”.
GOVERNO - Conforme a
Secretaria Estadual de Educação (Seed), o prédio onde funcionava a
Escola Coelho Neto foi entregue à Prefeitura de Mucajaí, que pediu a
devolução sob justificativa de que iria precisar usar a estrutura,
quando a unidade de ensino foi desativada e retirada do Censo Escolar.
PREFEITURA – Conforme a
Prefeitura de Mucajaí, o prédio abrigou a mais tradicional escola do
município e foi solicitado do Governo do Estado, pela gestão municipal
anterior, para que lá fosse instalada a sede do Executivo municipal, uma
vez que a prefeitura estava usando um prédio particular. Porém, a atual
administração afirmou que não mais usará o prédio para instalar a sede
municipal e que planejamentos serão organizados para que no local sejam
oferecidos serviços à comunidade.
Por Berto Batalha Machado Carvalho