Ainda com risco de perder o braço esquerdo, a empregada doméstica Luzivânia de Lima Pinto, de 23 anos, que levou oito facadas do marido no último dia 3 de janeiro, aguarda por uma cirurgia que deve ser feita em Rio Branco.
Ela conta que não consegue movimentar o braço e que tem medo de precisar amputar devido a demora.
“Continuo esperando. Fiquei uns oito dias internada em Cruzeiro do Sul,
quando voltei para Tarauacá, pedi para a mulher que eu trabalhava na
casa dela que ela fosse marcar no TFD e até agora nada. Não consigo
sentir meu braço, não faço nenhum movimento com ele. Tenho medo de ter
que amputar”, disse Luzivânia.
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) informou que a central de
regulação do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) em Cruzeiro não recebeu a
documentação da paciente, que é enviada pela unidade de Tarauacá. Assim
que receber, segundo o órgão, a transferência de Luzivânia será
agilizada.
O crime ocorreu no município de Tarauacá e na época, a jovem chegou a
ser levada para Cruzeiro do Sul para receber atendimento médico, mas foi
liberada. Segundo ela, o médico que poderia fazer a cirurgia em seu
braço estava em recesso e, portanto, foi orientada a solicitar através
do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) a viagem para a capital.
O marido de Luzivânia, Elídio da Silva e Silva, de 25 anos, foi preso no dia 8 de janeiro na casa de um parente
na cidade onde ocorreu o caso e foi levado para o presídio. Ele
confessou o crime e não se mostrou arrependido, segundo o delegado que
investiga o caso, Alexnaldo Batista.
Por Iryá Rodrigues, G1 AC, Rio Branco