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Imigrantes fazem doação de roupas

O que mais chamou a atenção foi a doação de roupas às famílias do bairro Hélio Campos (Foto: Diane Sampaio)
 
Promover uma ação social. Essa foi a ideia que os imigrantes do Centro de Acolhimento Fraternidade sem Fronteiras, no bairro Senador Hélio Campos, tiveram para agradecer o acolhimento por brasileiros. Cortes de cabelo, escova, manicure, pedicura e números musicais fizeram parte da programação que ocorreu sábado, 3, no Centro de Acolhimento. O que mais chamou a atenção, no entanto, foi a doação de roupas às famílias da região.
Instalados há quase dois meses no local, os imigrantes perceberam as dificuldades que os moradores do bairro também enfrentam. A coordenadora do Centro, Alba Gonzalez, contou que a ideia da doação veio com as roupas recebidas de São Paulo.
Após atender as 100 famílias venezuelanas, eles decidiram doar o restante das peças aos moradores que os acolheram no bairro.
A moradora Lúcia Sampaio recebeu a doação. Ela disse que desde a abertura do Centro de Acolhimento vem enxergando os venezuelanos com outros olhos. “Porque a gente fica sabendo da parte ruim, né? Dos que assaltam e fazem coisa erradas. Os daqui (do Centro) não são assim, são pessoas queridas”, relatou.
Para a coordenadora, a ação social foi uma oportunidade de os venezuelanos se apresentarem. “Quando os imigrantes chegaram aqui, os moradores não tinham ideia do que ia acontecer e de quem eram essas pessoas. Hoje, eles mostram seus talentos e quem realmente são: pessoas alegres, solidárias e amáveis”, disse Alba, que também passou pela situação de refúgio com a família, em 2015.
A venezuelana Ascarit Rodriguez trabalhou durante o evento com corte de cabelos e escova. O esforço para falar português é prova do carinho que sente pelos brasileiros desde que chegou ao Centro. “É nossa casa. Um lugar acolhedor com pessoas acolhedoras”, enfatizou.
ONG – A Organização Não Governamental Fraternidade sem Fronteiras existe há oito anos e atua em diversos lugares do Brasil e do mundo. Atualmente, apoia cerca de 12 mil crianças da África e no Nordeste do Brasil. Em Roraima, o Centro de Acolhimento é um polo da ONG.
Por ser mantido pelo sistema de apadrinhamento social, o presidente da Fraternidade, Wagner Gomes, relatou que qualquer pessoa pode ser padrinho, contribuindo com R$ 50,00 por mês. No site da Fraternidade sem Fronteiras (www.fraternidadesemfronteiras.org.br) os interessados clicam no campo ‘Apadrinhe um projeto do seu coração’ e em seguida no projeto ‘Brasil Um Coração que Acolhe’, referente ao Centro de Acolhimento. (A.G.G)






Por Ana Gabriela Gomes
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