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'Se a reforma da Previdência não for votada em fevereiro fica difícil voltar ao tema este ano', diz Temer

Mas presidente segue otimista e afirma que faltam apenas 40 votos para a reforma passar na Câmara dos Deputados.

O presidente da República, Michel Temer, voltou a defender a reforma da Previdência em entrevista concedida a Mariana Godoy e a Mauro Tagliaferri e veiculada na noite desta segunda-feira (5) pela Rede TV. O presidente admitiu, porém, que se a reforma não for votada em fevereiro vai ficar difícil voltar ao tema em seu governo.
“Estamos chegando à conclusão que não podemos debater esse tema o ano todo. Se não for votada (a reforma da Previdência) em fevereiro, fica difícil. Aí teremos que ir para outras pautas. Mas vai ser uma falta de compreensão sobre as necessidades do país. Mas se não votar, já fizemos muito pelo país”, afirmou.
De acordo com Temer, não fazer mudanças na Previdência agora pode acabar penalizando os aposentados no futuro. “Seria cômodo não fazer a reforma, mas estou pensando no próximo governo. Daqui dois anos, muitos aposentados correm risco de ter um corte em suas aposentadorias”, afirmou.
O presidente reconheceu que a reforma da Previdência em ano eleitoral é um tema difícil de ser discutido. “De forma legítima, os parlamentares não querem desagradar a seus eleitores, mas a população está se convencendo da importância da reforma.
Mas segundo Temer, ainda há chance de a matéria ser aprovada em fevereiro. Conforme o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse ao presidente há 70 indecisos que podem decidir votar com o governo nas próximas duas semanas “São só 40 votos. Conheço o Congresso. Tem 70 indecisos. Esses indecisos podem aprovar”. Para aprovar a reforma da Previdência o governo precisa de 308 votos na Câmara dos Deputados.
Temer também falou sobre sua impopularidade. “Nunca ninguém recebeu tanta oposição como eu: no plano político e no campo moral. Tem gente que não vai com sua cara de graça! Quem não vai com minha cara, paciência”.

Eleições

Sobre as eleições deste ano, Temer afirmou que prefere que o PMDB não pense nele como candidato. “Aproveitei minha impopularidade para fazer aquilo que o país precisava. Quem quer ser popular não faz aquilo que fiz”.
Temer repetiu que o PMDB precisa ter um candidato “que defenda o legado” do governo.

Semipresidencialismo

Temer também falou sobre a vontade de estabelecer um semipresidencialismo no Brasil. “A vantagem é que você divide as responsabilidades com o Legislativo, que seria mais atuante nas questões de governo. Não é improvável que ao longo do ano possamos propor uma emenda constitucional que passe a vigorar em 2022”, afirmou.
O presidente disse também que ainda está costurando a reforma ministerial. “Mas isso só se dará em abril”.

Cristiane Brasil

Sobre a nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho, frustrada por uma sequência de decisões judiciais, Temer foi cauteloso. “Vamos aguardar a posição definitiva do STF”. 







Por G1 
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