João Batista de Souza aceitou desafio do filho e decidiu fazer as provas.
Confiante em obter uma boa nota, ele já escolheu até a nova profissão.
Nunca é tarde para realizar sonhos. Foi com esse pensamento que o
aposentado João Batista de Souza, de 72 anos, aceitou o desafio proposto
pelo filho e decidiu se inscrever no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Ele vai prestar as provas neste sábado (26) e domingo (27) em Rio Grande, no Sul do Rio Grande do Sul.
Depois de exercer a profissão de marítimo por mais de 40 anos em grandes embarcações, o aposentado decidiu trocar a atividade no mar pelos livros. Quer aproveitar o tempo livre para seguir o mesmo caminho dos dois filhos e ingressar em uma universidade. O incentivo, aliás, partiu de um deles.
“Quem inventou essa para mim foi o meu filho Rafael, que é formado em
engenharia da computação. Ele me intimou a fazer o Enem e disse que eu
já estava inscrito. Topei na hora e vou fazer”, conta o aposentado, que
tem outra filha, Priscila, estudando engenharia de produção.
João Batista nasceu em Salvador, na Bahia, mas foi criado no Rio de Janeiro. Lá, se formou na escola técnica de pesca e começou a exercer a profissão. Durante 12 anos, trabalhou em plataformas de petróleo na Bacia de Campos. Até vir a Rio Grande, no sul do estado, para trabalhar com pesca e fazer um curso da Marinha Mercante.
Aposentado há 25 anos, João Batista conta que seguiu trabalhando na
área marítima até recentemente, quando decidiu parar de trabalhar de
vez. As pernas não aguentavam mais, diz ele. Mas não suportou ficar
parado por muito tempo. Desde que decidiu voltar a estudar, ele divide
as tarefas da casa com a preparação para o exame.
O estudante conta que teme os conteúdos de matemática, mas que está preparado para as provas. Aposta na concentração para conseguir um bom resultado, mas não descarta o "chute". "Estou estudando há pouco tempo, mas acompanho sempre as novidades e conto com a experiência e o conhecimento acumulado ao longo dos anos. Estou bem preparado”, garante.
Confiante em obter uma boa nota e conseguir ingressar na universidade, a
aposentado já decidiu qual curso quer fazer: jornalismo. “Como eu sou
muito curioso, gosto de pesquisar, falar muito e fazer fofoca da vida
dos outros, acho que daria um bom jornalista”, brinca ele.
João Batista também responde com bom humor quando questionado sobre a idade avançada. Garante que tem disposição para encarar alguns anos de estudo na universidade e dá conselhos a quem deseja seguir o exemplo dele. “Eu estou com 72, mas fiz um contrato com São Pedro para ir até os 100. Enquanto a gente está vivendo, tem que se mexer. Ficar esperado a morte chegar não é negócio. Vou me sentir jovem no meio dos jovens”, conclui.
Do G1 RS
Depois de exercer a profissão de marítimo por mais de 40 anos em grandes embarcações, o aposentado decidiu trocar a atividade no mar pelos livros. Quer aproveitar o tempo livre para seguir o mesmo caminho dos dois filhos e ingressar em uma universidade. O incentivo, aliás, partiu de um deles.
João Batista nasceu em Salvador, na Bahia, mas foi criado no Rio de Janeiro. Lá, se formou na escola técnica de pesca e começou a exercer a profissão. Durante 12 anos, trabalhou em plataformas de petróleo na Bacia de Campos. Até vir a Rio Grande, no sul do estado, para trabalhar com pesca e fazer um curso da Marinha Mercante.
João Batista é aposentado e vai fazer o Enem (Foto: Reprodução/RBS TV) |
O estudante conta que teme os conteúdos de matemática, mas que está preparado para as provas. Aposta na concentração para conseguir um bom resultado, mas não descarta o "chute". "Estou estudando há pouco tempo, mas acompanho sempre as novidades e conto com a experiência e o conhecimento acumulado ao longo dos anos. Estou bem preparado”, garante.
João Batista está estudando para o Enem (Foto: Reprodução/RBS TV) |
João Batista também responde com bom humor quando questionado sobre a idade avançada. Garante que tem disposição para encarar alguns anos de estudo na universidade e dá conselhos a quem deseja seguir o exemplo dele. “Eu estou com 72, mas fiz um contrato com São Pedro para ir até os 100. Enquanto a gente está vivendo, tem que se mexer. Ficar esperado a morte chegar não é negócio. Vou me sentir jovem no meio dos jovens”, conclui.
Do G1 RS