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Após manhã violenta no Rio, novo ato contra leilão fecha vias do Centro

Trechos da Rio Branco e Presidente Vargas chegaram ser interditados.
Protesto seguiu pacífico até 22h30, apesar da presença de mascarados.


Após protesto violento na manhã desta segunda-feira (21) na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde foi realizado o leilão do Campo de Libra, uma nova manifestação interditou ruas do Centro do Rio. Por volta das 19h, cerca de 300 ativistas, incluindo mascarados, chegaram à frente do prédio da Petrobras, que faz parte do consórcio vencedor, para um novo ato.
O protesto seguiu pacífico, sem confrontos, até 22h30, quando os manifestantes se dispersaram. Ainda assim, um estudante disse que foi atingido por uma bala de borracha, depois de um corre-corre. Policiais do 5º BPM (Praça da Harmonia), no entanto, negaram que houve confronto no protesto da noite. Quanto ao manifestante baleado, eles levantaram a hipótese da marca exibida por ele ser de um projétil não-letal atirado, pela manhã, no confronto na Barra da Tijuca. Em comum, os atos questionavam a porcentagem dos valores destinados às empresas vencedoras do leilão e pediam a liberdade de manifestantes presos nos protestos.

Trechos das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas chegaram ser interditados, mas foram liberados por volta das 19h30. Por volta das 18h30, havia cerca de 30 black blocs no local. Havia também pessoas ligadas a partidos políticos e muitos jovens.
Os manifestantes foram revistados por policiais que usam coletes com códigos alfanuméricos de identificação. Em outra intervenção policial, houve confusão. Agentes tentaram apagar as chamas de uma fogueira em volta de onde jovens dançavam. Houve correria e um rapaz disse ter sido atingido por um disparo de arma não-letal.
rio protesto (Foto: Márcio Moraes/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)Protesto no Rio começou pela manhã e, com novo ato, se estendeu pela noite (Foto: Márcio Moraes/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
Confronto entre manifestantes e Força Nacional toma rua em frente ao Hotel Windsor Barra, devido ao leilão do pré-sal. Carro da Record foi virado por manifestantes mascarados (Foto: Christophe Simon/AFP) Carro da Record é virado por manifestantes
mascarados  (Foto: Christophe Simon/AFP)
Confronto pela manhã
Mais cedo, um outro protesto, na Barra, onde foi realizado o leilão, foi marcado por violência e confusão. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas com tiros de bala de borracha, após confronto de ativistas, muitos deles mascarados, com tropas federais. Um carro de reportagem foi incendiado e dois repórteres sofreram agressões.
A confusão começou por volta das 11h, quando manifestantes tentaram furar o bloqueio de tropas federais próximo ao hotel Windsor, onde é realizado o leilão. Mascarados atiraram pedras nos agentes, que revidaram com bombas de efeito moral e tiros de bala de borracha.

Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, quatro jornalistas, de diferentes veículos, foram agredidos durante o protesto desta segunda-feira. A Federação Nacional dos Jornalistas repudiou os atos de violência contra profissionais da imprensa e disse que já havia pedido uma audiência com o ministro da justiça, José Eduardo Cardozo, para discutir como conter o crescimento da violência contra jornalistas em todo o país. Ainda segundo a Fenaj, a audiência ainda não foi marcada.




Do G1 Rio
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