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Casa da Cultura vira abrigo de andarilhos


   
Foto:  Caíque Silva
Além da estrutura precária do prédio da Casa da Cultura, matagal já tomou conta do terreno que fica no mais importante centro comercial

A Casa da Cultura Madre Leotávia Zoller, que fica na avenida Jaime Brasil, o mais antigo centro comercial da Capital, continua em estado de completo abandono. O mato já tomou conta de todo o terreno e da entrada do prédio que está servindo para abrigar andarilhos. A estrutura está deteriorada com paredes descascadas, infiltrações, portas danificadas e grades enferrujadas.

Em rápida visita ontem pela manhã, a Folha encontrou uma motocicleta dentro do terreno, fraudas, material de alimentação, roupas e resto de comida. O prédio permanece trancado, mas a entrada do terreno é aberta e qualquer pessoa pode adentrar.

Em 2010, o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) moveu uma ação contra o Governo do Estado, cobrando restauração das instalações da Casa da Cultura, sob pena de multa por danos morais coletivos. O promotor de justiça da 3ª Promotoria de Justiça Cível – Urbanismo, Patrimônio Histórico e Cultural, Zedequias de Oliveira Júnior, foi quem ingressou com a ação, que ainda aguarda decisão judicial.

No mesmo ano, o Corpo de Bombeiros chegou a afirmar que o prédio corria riscos de desabamento e não havia segurança para visitantes. No relatório apresentado, afirmava que o maior problema era com as infiltrações nas paredes, além das extensões irregulares e mal adaptadas que precisam ser substituídas.

A Casa da Cultura foi construída na década de 40 e teve como primeiro proprietário o senhor Milton Miranda que, em 1946, vendeu o imóvel para o Governo do então Território do Rio Branco, que serviu como residência oficial do governador. O local teve como primeiro governador a ocupar a residência o general Félix Valois Araújo.

De 1946 até 1969, dezesseis governadores ocuparam o endereço mais importante dos Territórios do Rio Branco e de Roraima, sendo o último o saudoso senador da República Hélio da Costa Campos.

Em 1994, no governo de Ottomar Pinto, por meio do Decreto Lei nº 723, o prédio foi tombado, sendo integrado ao patrimônio histórico estadual, recebendo o nome de Casa da Cultura Madre Leotávia Zoller, missionária que dedicou parte da sua vida à educação da juventude roraimense.

GOVERNO
- Por nota, a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf) informou que o projeto para reforma geral da Casa da Cultura, incluindo arquitetura e obras complementares, já foi elaborado pelo Departamento Estadual de Engenharia e Arquitetura (DAE). O documento agora está em fase de elaboração orçamentária na Divisão de Orçamento de Finanças do DAE, que deve concluir o trabalho nos próximos 15 dias.

Com a finalização do orçamento, o projeto será encaminhado para a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), para alocação de recursos. Após isso, retornará para Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf), encarregada de realizar o processo licitatório para contratação da empresa que fará a obra de reforma geral do prédio.






CAÍQUE SILVA
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