Imagem mostra uma concepção artística do vírus HIV (Foto: Divulgação/NIH) |
Objetivo foi entender estratégias do corpo para se defender contra o HIV.
Pesquisa cruzou 3 mil mutações de vírus com genoma de 1.071 pessoas.
Cientistas da Escola Politécnica de Lausanne (EPFL, sigla em francês) e do Hospital Universitário do Cantão de Vaud, ambos na Suíça, publicam nesta terça-feira (29) os resultados de seu estudo conjunto sobre a doença na revista científica "E.Life".
Através da pesquisa com cepas do vírus HIV em um hospedeiro humano, os pesquisadores puderam identificar mutações genéticas específicas, um sinal que reflete os ataques produzidos pelo sistema imunológico.
Com esse sistema, os cientistas podem reconhecer as variações genéticas que ocorrem em algumas pessoas mais resistentes ao vírus e em outras mais vulneráveis, além de usar essa informação para criar tratamentos individualizados.
"Tínhamos que estudar as cepas virais de pacientes que ainda não tivessem recebido nenhum tratamento, o que não é comum", explicou o pesquisador da EPFL, Jacques Fellay, através de um comunicado.
Por esse motivo, os cientistas basearam o estudo em bancos de amostras criados nos anos 1980, quando ainda não havia tratamentos eficazes contra o vírus.
Fellay detalhou que o corpo humano desenvolve sempre estratégias de defesa contra o HIV, mas infelizmente "o genoma do vírus muda rapidamente, na razão de milhões de mutações por dia", o que dificulta a tarefa de combatê-lo.
Segundo os autores do estudo, esse trabalho permitiu obter uma visão mais completa dos genes humanos e a resistência imune ao HIV, o que pode gerar novos tratamentos inspirados nas defesas genéticas naturais do corpo humano.
Da EFE