Vítimas foram atacadas porque teriam vindo da favela da Rocinha.
Tortura, que durou duas horas, ocorreu no Morro do Banco, Itanhangá.
Um rapaz de 18 anos e um casal de adolescentes foram torturados na noite de segunda-feira (28) por um grupo de traficantes, como mostrou o Bom Dia Rio. O crime aconteceu no Morro do Banco, no Itanhangá, Zona Oeste do Rio. A polícia contou que a favela foi invadida por criminosos que fugiram do conjunto de favelas do Lins, pacificado no início do mês de outubro. Uma das vítimas é uma menina de 14 anos que está grávida e foi estuprada.
O jovem de 18 anos ficou com marcas pelo corpo, resultado da tortura cometida por traficantes, que ele sofreu com outros dois amigos: um de 16 anos e outra de 14. Duas das vítimas tinham se mudado recentemente da Rocinha para a comunidade.
O jovem contou com detalhes os momentos de terror que viveu.
“Quando a gente foi ver eles estavam vindo com um monte de pedaço de madeira. Aí mandaram a gente estender a palma da mão e a palma do pé e começaram a bater: coronhada de arma, muita coisa. Aí pegaram a fita isolante, enrolaram a gente, fizeram a gente tipo de balanço, um pelo pé e pela mão e jogaram a gente no mato. Tinha mais de 15, no começo tinha cinco, aí foi chegando. Chegou até um viciado aí eles falaram: aí, não quer dar uma porrada nele não? Aí deram uma madeira para o viciado e o viciado bateu na gente”, revelou a vítima.
Além de torturada, a menina de 14 anos, que está grávida de dois meses, também foi estuprada. “Estupraram uma delas. Levaram ela para um canto e estupraram ela. Um só estuprou ela. Eu acho que era o traficante que era o dono de lá, chefe do tráfico”, disse o jovem.
A sessão de tortura durou pelo menos duas horas. Depois de agredidas, as vítimas foram amarradas e abandonadas em um matagal. Quando eles perceberam que os bandidos não estavam mais por perto, conseguiram se soltar e pedir ajuda à polícia.
Duas vítimas foram levadas pelos policiais militares para a delegacia da Barra da Tijuca. A garota violentada foi encaminhada para um hospital da região. “Me sinto um pouco com medo, mas melhor. Eu pensei que eu não ia sobreviver”, disse uma das vítimas.
Do G1 Rio