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Foto:  Antonio Diniz
Manifestantes fizeram uma caminhada em torno da Praça do Centro Cívico e foram para Assembleia Legislativa

  
Com a finalidade de reivindicar a abertura de negociações por parte do Governo do Estado e pedir apoio aos parlamentares no atendimento às solicitações da categoria, os profissionais da área de enfermagem do Estado, entre auxiliares, técnicos e enfermeiros, realizaram uma mobilização em frente à Assembleia Legislativa do Estado (ALE), na manhã de ontem. Cerca de 300 trabalhadores participaram do movimento, conforme a organização.

Vestidos de branco e com faixas, cartazes, bandeiras e carro de som, a concentração iniciou às 8h. Depois houve uma caminhada em torno da Praça do Centro Cívico, às 9h. Logo depois, os manifestantes seguiram para dentro do Plenário da Assembleia, onde protocolaram junto à Presidência da Casa um documento oficializando o pedido apoio às solicitações da classe.

O movimento foi organizado pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado (Sindprer) com apoio do Movimento Enfermagem Roraima. O presidente do Sindprer, Roberto Morais, informou que somente participaram os servidores que estavam de folga, evitando prejuízos aos serviços prestados nas unidades de saúde.

 “Há, aqui, profissionais da Capital e demais municípios roraimenses. Nesses últimos dias, protocolamos documentos na Casa Civil, na Vice-Governadoria e nos gabinetes de todos os deputados da Assembleia. Queremos a garantia dos direitos inerentes aos profissionais com a aprovação imediata de Plano de Cargos, Carreira e Remunerações [PCCR]”, frisou.

Essa é a segunda manifestação da categoria realizada neste mês. Entre os pontos da pauta de reivindicações estão: vale alimentação, isonomia de salários entre os servidores, pois em 2008 o Governo do Estado concedeu reajuste de 35% para os cargos de nível superior e apenas 10% para os de nível médio, além de reposição das perdas inflacionárias dos últimos anos em aproximadamente 12%.

Atualmente, há cerca de dois mil profissionais no Estado. E o salário do auxiliar em enfermagem está em torno de R$800,00, do técnico R$1.200,00 e do enfermeiro R$3.200,00 para carga horária de 30 horas.

Morais ressaltou que a intenção do movimento era ainda chamar a atenção da sociedade quanto às dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores no atendimento às pessoas.

Sobre o andamento da discussão do PCCR, ele afirmou que as propostas estão sendo estudadas pela Secretaria de Saúde do Estado junto com os trabalhadores e sindicatos, para que seja aprovado e aplicado efetivamente. “A previsão é que no dia 28 deste mês consigamos chegar a um acordo para que o plano possa ser encaminhado pra a Casa Civil e depois para votação na ALE em regime de urgência”, enfatizou.


Falta de qualidade prejudica serviços nas unidades, dizem os manifestantes

A falta de qualidade no atendimento prestado à sociedade é atribuída pelos profissionais ao desinteresse do poder público em investir na melhoria de estrutura física das unidades, bem como na valorização dos funcionários.

“É notável a precariedade que se encontra o sistema de saúde. Diariamente vivenciamos isso e os próprios usuários são testemunhas, onde acabam denunciando os fatos aos noticiários. Pedimos atenção dos nossos governantes em atender às nossas solicitações e assim incentivar os nossos serviços”, disse uma técnica em enfermagem que há 19 anos trabalha na maternidade do Estado e pediu para não publicar o nome.

Outra profissional que pediu para não ter o nome publicado explicou que a situação é tão crítica que os pacientes acabam tendo de providenciar materiais hospitalares. “Diversas vezes os pacientes são obrigados a comprar fraldas e doarem entre si, assim como luvas e gelcro 24, de calibre menor, utilizado para puncionar veias em recém-nascidos que desde janeiro deste ano está em falta, por isso a nossa indignação”, complementou

SESAU- A Folha entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) para obter respostas sobre o assunto, mas até o fechamento desta matéria, às 17h, não houve retorno.





ANA KARINE OLIVEIRA
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