Apesar do incidente perto da Cidade Universitária, ninguém ficou ferido.
Alunos cobram negociação com a universidade sobre eleição de reitor.
Motorista avança sobre manifestantes na porta da USP (Foto: Helvio Romero/Estadão Conteúdo) |
Segundo reportagem da rádio CBN, após passar por cima de cartazes e placas dos manifestantes, o motorista foi abordado por policiais militares. Estudantes ocupam desde 1º de outubro o prédio da Reitoria da USP, no campus principal da universidade, para pedir a aprovação da eleição direta para os cargos de reitor e vice-reitor. Os alunos cobram a retomada das negociações com a direção da universidade.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) solicitava aos motoristas que evitassem circular pela região da Cidade Universitária. Agentes de trânsito acompanhavam a manifestação e orientavam os motoristas.
"Nos estamos tentando diálogo há muito tempo. Antes de começar a ocupação nos já tínhamos tentado. A Justiça já se manifestou, mas a situação não avançou. Dessa maneira ele [reitor] contribui para que esse conflito se amplie", disse Pedro Serrano, estudante de Ciências Sociais.
Segundo Serrano, o reitor João Grandino Rodas marcou uma reunião para o dia 25. "A gente acha que é uma data absurda dado que na terça-feira tivemos 56 estudantes presos, sendo mais de 10 diretores do DCE, sem prova nenhuma, por isso, ficaram detidos e foram liberados. Se a Reitoria não para para negociar, ela faz uma aposta na ampliação do conflito."
O reitor designou uma comissão para dar continuidade às conversações "com os segmentos da comunidade universitária, sem prejuízos dos canais institucionais já existentes", segundo a assessoria de imprensa da universidade. A portaria é do dia 16 de outubro e a comissão é presidida pelo chefe do gabinete do reitor, Alberto Carlos Amadio.
Na terça-feira (15), a Justiça concedeu o prazo de 60 dias para que os estudantes desocupem o prédio da Reitoria. O desembargador José Luiz Germano, da 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), disse que o prazo permitirá que as partes dialoguem para chegar a um acordo e evitar uma intervenção policial.
Do G1 São Paulo