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| Foto: Charles Bispo
Grupo de vereadores chegou de surpresa ao Hospital da Criança por volta de meio-dia
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Depois das diversas denúncias divulgadas a respeito da má prestação de serviços no Hospital da Criança Santo Antônio, localizado no bairro 13 de Setembro, nove vereadores foram pessoalmente verificar a situação da unidade hospitalar, onde comprovaram diversos problemas, entre eles, alimentos estragados na câmara fria, falta de medicamentos, superlotação, demora no atendimento, falta de médico pediatra, falta de leitos e outros.
Na recepção do hospital, onde é feita a triagem dos pacientes para indicação do procedimento a ser realizado, havia bastante movimentação na manhã de ontem, 08. No local, muitas crianças esperaram até oito horas para serem examinadas por um clínico geral, isso porque até as 14h nenhum pediatra havia comparecido ao hospital para trabalhar.
“Viemos aqui para constatar as denúncias de pais e mães que vêm diariamente ao hospital trazer os filhos em busca de atendimento e não recebem o tratamento necessário. Estamos aqui para exigir que o Município garanta o direito da população de ter acesso a um tratamento digno de saúde”, disse o vereador Edilberto Veras (PP), que também é membro da Comissão da Saúde da Câmara de Vereadores.
Na ala do refeitório, os vereadores contataram que não havia sabão para sequer lavar as louças. E os funcionários estavam fazendo coleta de dinheiro para comprar material para fazer sabão caseiro.
No leito pós-operatório, onde ficam as crianças recém-cirurgiadas, o banheiro se encontra em estado precário com paredes mofadas. Além disso, os parlamentares ouviram relatos de mães que tiveram que passar a noite com os pequenos pacientes no colo por falta de leitos.
A dona de casa Maria Ângela Soares, 29 anos, chegou ao hospital com seu filho às 19h da noite de segunda feira. “Meu filho chegou com febre e diarreia e foi atendido somente à meia-noite, quando recebeu soro na veia e medicamento para febre. Tive que passar a noite com ele no colo por falta de leito. Isso causa revolta”, relatou.
SUEDA MARINHO
