Ele e outros três jornalistas foram alvo de averiguação do Exército Turco.
Grupo foi revistado, os equipamentos apreendidos e tiveram fotos deletadas.
Fotógrafo tenta retratar a fuga dos sírios em direção
à Europa (Foto: Arquivo pessoal/Flavio Forner)
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O fotojornalista Flavio Forner, de São José dos Campos
(SP) foi um dos quatro jornalistas brasileiros detidos por militares
turcos na última quinta-feira (17) em Kobani, cidade na fronteira entre a
Turquia e a Síria.
Ele está na região para retratar a situação dos refugiados sírios e ficou por mais de 4 horas em poder dos militares para averiguação. Depois, ele foi liberado. Não houve violência.
O grupo de jornalistas foi flagrado em uma zona de conflito envolvendo extremistas e teve os equipamentos e passaportes apreendidos para checagem. Eles foram revistados, levados para o batalhão e interrogados pelos militares turcos.
"Queriam saber se tínhamos envolvimento com algum grupo extremista. Eles queriam ver que fotos tinham sido feitas e eu tinha fotografado as barreiras, de vários lugares, queriam saber porque fotografei soldados, armas e policiais na fronteira. Mandaram deletar essas imagens", contou ao G1.
A Síria vive uma guerra civil desde 2011 e, por conta da violência, a
população tenta deixar o país principalmente com destino à Europa.
Forner tenta retratar a fuga destes sírios.
Por isso, o próximo destino da viagem dele é a Grécia, onde os refugiados desembarcam para entrar na Europa -- os refugiados viajam normalmente em barcos precários e muitas morrem no trajeto, afogados.
"Vou tentar entrar em um barco que leva os refugiados a Atenas, depois vou com eles até a fronteira com a Macedônia e permanecer com os sírios por dois a três dias, acampando com eles para documentar o que acontece", afirmou.
Suspeita
O fotojornalista acredita que o grupo tenha gerado suspeita dos militares turcos em Kobani também por conta da placa do carro que viajavam, da mesma cidade onde saiu o carro bomba que explodiu em Ancara, capital da Turquia, na última semana. Mais de 30 pessoas morreram.
Forner pretende retornar ao Brasil, após o trabalho no exterior, entre os dias 10 e 15 de abril.
Do G1 Vale do Paraíba e Região
Ele está na região para retratar a situação dos refugiados sírios e ficou por mais de 4 horas em poder dos militares para averiguação. Depois, ele foi liberado. Não houve violência.
O grupo de jornalistas foi flagrado em uma zona de conflito envolvendo extremistas e teve os equipamentos e passaportes apreendidos para checagem. Eles foram revistados, levados para o batalhão e interrogados pelos militares turcos.
"Queriam saber se tínhamos envolvimento com algum grupo extremista. Eles queriam ver que fotos tinham sido feitas e eu tinha fotografado as barreiras, de vários lugares, queriam saber porque fotografei soldados, armas e policiais na fronteira. Mandaram deletar essas imagens", contou ao G1.
Por isso, o próximo destino da viagem dele é a Grécia, onde os refugiados desembarcam para entrar na Europa -- os refugiados viajam normalmente em barcos precários e muitas morrem no trajeto, afogados.
"Vou tentar entrar em um barco que leva os refugiados a Atenas, depois vou com eles até a fronteira com a Macedônia e permanecer com os sírios por dois a três dias, acampando com eles para documentar o que acontece", afirmou.
Suspeita
O fotojornalista acredita que o grupo tenha gerado suspeita dos militares turcos em Kobani também por conta da placa do carro que viajavam, da mesma cidade onde saiu o carro bomba que explodiu em Ancara, capital da Turquia, na última semana. Mais de 30 pessoas morreram.
Forner pretende retornar ao Brasil, após o trabalho no exterior, entre os dias 10 e 15 de abril.
Do G1 Vale do Paraíba e Região