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Turquia vincula autor do atentado de Istambul ao grupo Estado Islâmico

Suicida que causou explosão é o turco Mehmet Ozturk, nascido em 1992.
Ao menos 4 pessoas morreram e 36 ficaram feridas em atentado do sábado.
Pessoas fazem vigília no centro comercial de Istambul, Turquia, onde um atentado suicida matou ao menos quatro pessoas (Foto: BULENT KILIC/AFP)

O autor do atentado suicida de sábado (19) em Istambul é um turco nascido em 1992 e vinculado ao grupo Estado Islâmico (EI), anunciou neste domingo o ministro do Interior Efkan Ala. "O autor foi identificado. Tem vínculos com a organização terrorista Daesh (Estado Islâmico em árabe)", afirmou Ala à imprensa.
O autor do atentado se chama Mehmet Ozturk, acrescentou o ministro, que também anunciou a prisão de cinco suspeitos.
O atentado aconteceu em uma zona comercial do centro de Istambul e deixou ao menos quatro mortos e 36 feridos, e foi o mais recente ataque da série sem precedentes que sacode a Turquia desde o verão (hemisfério norte).
Seis dias depois de outro atentado reivindicado por um grupo curdo que matou 35 pessoas em Ancara, um suicida se explodiu na grande rua de pedestres Istiklal, na parte europeia de Istambul, pela qual passam diariamente centenas de milhares de pessoas e vários turistas.
O último balanço oficial indica quatro mortos - três israelenses e um iraniano - e 36 feridos, entre eles outros israelenses, dois irlandeses, um islandês, um iraniano, um alemão e um cidadão de Dubai.
O atentado não foi reivindicado, mas a imprensa próxima ao governo turco havia identificado num primeiro momento o autor como Savas Yildiz, um turco apresentado como combatente do grupo Estado Islâmico, embora esta informação não fosse confirmada por uma fonte oficial.
Em vários vídeos divulgados pela imprensa turca e nas redes sociais, é possível ver o suicida se dirigindo a um pequeno grupo de pessoas que passa por um edifício oficial.
Em um comunicado, o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu condenou os autores do ataque e prometeu continuar "combatendo todas as formas de terrorismo".
A Turquia se encontra em alerta reforçado desde o ano passado, depois de uma série de atentados sangrentos atribuídos aos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) e aos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que retomaram seus enfrentamentos com as forças de segurança turcas.
No domingo passado, um atentado com carro-bomba contra um ponto de ônibus custou 35 vidas no centro da capital turca. Em 17 de fevereiro, uma ação similar deixou 29 mortos também no coração de Ancara.
Estes dois ataques foram reivindicados por um grupo radical curdo próximo ao PKK, os Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), que prometeu continuar seus ataques contra o Estado turco.
Por sua parte, a União de Comunidades do Curdistão (KCK), organização ligada ao PKK, divulgou um comunicado condenando o ataque: "Como movimento curdo de liberdade, nos opomos aos ataques contra civis e condenamos os ataques que os tomam como objetivo. Apresentamos nossas condolências às vítimas", completou.
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