Unidade também sofre com falta de enfermeiros, segundo denúncia.
Sesau informou que abriu licitação para compra de equipamentos.
Leitos estão cheios d'água devido problemas nas centrais de ar (Foto: Arquivo pessoal) |
O homem, que preferiu não se identificar, relatou que ao visitar um vizinho, que está internado a cinco dias, observou que alguns leitos estavam alagados, devido por causa de defeito nas centrais de ar, os banheiros quebrados e com forte odor. Ele disse também que os colchões estão rasgados e com cheiro de urina, se tornando inadequado para o uso.
Acompanhantes de pacientes amarram sacolas
nas portas para tentar fechá-las (Foto: Arquivo
pessoal)
"As portas não têm fechaduras em vários leitos e gente tem por uma
atadura ou uma sacola para poder fechá-la, porque por ser um bloco
psiquiátrico alguns acompanhantes ficam com medo de alguém paciente
surtar e agredir alguém", disse.nas portas para tentar fechá-las (Foto: Arquivo
pessoal)
Além dos problemas na estrutura física do hospital, ele relatou a falta de enfermeiros durante os plantões. O trabalho destes profissionais estaria sendo feito portécnicos em enfermagem.
"Em algumas situações o paciente acaba se prejudicando, porque a medicação controlada só pode ser liberada com a autorização do enfermeiro", declarou.
Segundo o vendedor, alguns funcionários disseram que têm medo de fazer alguma denúncia e sofrer alguma sanção junto à diretoria do hospital.
Sesau vai apurar falta de profissionais
Em nota, a Secretaria de Comunicação do governo informou que as denúncias referentes a suposta falta de profissionais nas enfermarias serão apuradas pela direção do Hospital Geral de Roraima, pois, a cada turno, a direção de enfermagem designa um quantitativo de profissionais suficiente para a execução dos serviços no bloco C.
"A direção da unidade também vai verificar a procedência da reclamação à respeito do funcionamento dos banheiros e problemas nas centrais de ar, e caso haja necessidade, acionará de imediato o serviço de manutenção. Todos os colchões com condições de uso inadequadas serão substituídos", explicou a nota, acrescentando que um processo licitatório já foi aberto.
Quanto à questão de trancas na ala dos pacientes psiquiátricos, a nota informou, que o estado segue diretrizes ministeriais para estes atendimentos. O bloco possui grades de segurança, mas, segue as orientações da Lei Federal 10.216/2001 - que protege e garante os direitos das pessoas com transtornos mentais - que determina que a segregação destes pacientes, ao invés de colaborar com a recuperação, tem o efeito contrário.
Colchões estão rasgados e cheirando mau (Foto: Arquivo pessoal)