Atuação de soldados russos foi autorizada em setembro de 2015.
Guerra civil na Síria completa cinco anos nesta terça-feira (15).
"A tarefa que encomendei ao ministério da Defesa e às forças armadas foi cumprida e, portanto, ordenei o ministério da Defesa que a partir de amanhã comece a retirada da maior parte dos contingentes militares da República Árabe da Síria", declarou Putin.
As tropas da Rússia ajudavam o governo sírio a combater militantes do Estado Islâmico (EI). A atuação de soldados russos na Síria foi autorizada em setembro de 2015.
Guerra civil
Enquanto o governo russo apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, as forças ocidentais dão suporte a grupos de rebeldes locais, que são contrários a Assad. A guerra civil no país completa cinco anos nesta terça-feira (15).
A Rússia enfrentou fortes críticas de ONGs e países ocidentais de que seus bombardeios teriam atingido civis, o que o país sempre negou.
O conflito sírio, que começou em 15 de março de 2011, com protestos pacíficos reprimidos violentamente, tornou-se uma complexa guerra com um grande número de atores locais e internacionais envolvidos.
Desde então, mais de 270 mil pessoas morreram e milhões fugiram de suas casas, provocando, por extensão, uma crise migratória na União Europeia.
Negociações indiretas
O governo sírio e a oposição retomaram nesta segunda-feira negociações indiretas em Genebra para tentar acabar com a guerra civil que arrasa o país, embora as divergências permaneçam enormes.
Esta nova fase de discussões começa em um ambiente radicalmente diferente do anterior, no final de janeiro, quando a ONU não conseguiu sequer iniciar as negociações.
Uma trégua, patrocinada pelos Estados Unidos e a Rússia, que entrou em vigor em 27 de fevereiro entre o regime e os rebeldes "moderados" na Síria, tem se mantido, apesar de algumas violações. Isto permitiu que a ONU fornecesse ajuda humanitária a cerca de 250 mil pessoas sitiadas em diferentes áreas do país.
A Rússia, cuja intervenção militar na Síria permitiu ao regime recuperar terreno, insistiu na necessidade de incluir nas negociações de paz os curdos, de modo que não haja nenhuma divisão de fato do território sírio.
Do G1, em São Paulo