Os reis da Bélgica, Felipe e Matilde, além do primeiro-ministro do
país, Charles Michel, fizeram nesta quarta-feira (22) um minuto de
silêncio no Aeroporto de Bruxelas, um ano depois dos atentados jihadistas que ocorreram no local e ao lado da estação de metrô de Maelbeek, segundo a agência Efe. Os ataques deixaram 32 mortos.
A cerimônia deu início a um dia de lembrança das vítimas de um dos
piores ataques terroristas da história da Bélgica. O Estado Islâmico
reivindicou a ação.
Em companhia de vítimas e familiares, assim como integrantes das
equipes de socorro que trabalharam no dia, os monarcas e o chefe do
Executivo fizeram um minuto de silêncio às 7h58 (horário local, 3h58 de
Brasília), hora precisa da explosão das duas primeiras bombas ativadas
por Ibrahim El Bakraoui e Najim Laachraoui, no aeroporto, onde morreram
16 pessoas.
Minutos antes, o rei tinha depositado flores após a leitura dos nomes das vítimas.
O tráfego aéreo ficou interrompido no aeroporto ao longo da cerimônia, que durou 26 minutos.
Em seguida, os reis seguirão para a estação de metrô, onde ocorreram
mais 16 mortes às 9h11 (hora local) de outra bomba ativada por Khalid El
Bakraoui, que viajava em um comboio.
Prisão de suspeito
Nesta semana, a imprensa belga divulgou que o suposto jihadista
belga-marroquino Mohamed Abrini, "o homem do chapéu", como aparecia nas
imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas, foi preso após a traição de um amigo.
O jornal belga "Dernière Heure" contou Abrini entrou em contato com o
amigo em 7 de abril de 2015, ou seja, 16 dias depois dos atentados. O
informante, agora sob proteção policial, foi no dia seguinte ao encontro
com Abrini, a quem entregou 400 euros e depois foi embora. Minutos
depois, o terrorista acabou preso.
Abrini também é acusado de envolvimento nos atentados de Paris de novembro de 2015, nos quais morreram 130 pessoas.