Três torcedores do Corinthians vão a júri popular previsto para começar
às 10h desta quarta-feira (22), no Fórum de Franco da Rocha, na Grande
São Paulo. Eles são acusados da morte do torcedor palmeirense Gilberto Torres Pereira, em 19 de agosto de 2014, durante uma briga na estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O processo seguiu em segredo de Justiça.
Um dos réus é Raimundo César Faustino, conhecido como Capá. Ele era
vereador pelo PT na época e integrante da Gaviões da Fiel. Capá foi
preso e levado para o Presídio de Franco da Rocha. Em 2013, o acusado
foi flagrado em uma briga na partida entre Corinthians e Vasco, no
Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF).
Os outros réus são Leonardo Gomes dos Santos e Gentil Chaves Siani, que
estão presos nos CDPs de Presidente Bernardes e Francisco Morato.
A vítima era professor e integrava a torcida organizada Mancha Verde.
Ele teve traumatismo craniano após ser agredido por um galho de árvore
usado pelos torcedores rivais. Pereira ficou internado alguns dias no
hospital antes de morrer.
Segundo a acusação, Pereira foi agredido com pedaços de madeira por um
grupo de corinthianos. Naquele dia, o Palmeiras perdeu para o São Paulo
no estádio do Pacaembu, na Zona Oeste.
Na época, Ricardo Cabral, advogado da Gaviões da Fiel, disse que Capá
estava no local dos fatos e que teria de se explicar no curso do
processo. Thiago de Siqueira Coscia disse que Capá não participou do
crime e que nada poderia vinculá-lo com o crime.
O G1 não conseguiu localizar os advogados de defesa dos outros dois réus.
O promotor que fará a acusação é Luis Felipe Delamain Buratto. Ele foi
escalado de forma substitutiva para o júri. Estão previstos os
depoimentos de 11 testemunhas.
Segundo o Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, o juiz do caso é
Rafael Carvalho de Sá Roriz. Ainda de acordo com o TJ, a sentença deve
sair ainda nesta quarta-feira.