Armando Monteiro (PTB-PE) será ouvido por videoconferência pelo juiz Sérgio Moro.
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| Senador foi arrolado como testemunha pela defesa de Antônio Palocci (Foto: Darlan Alvarenga/G1) |
O senador Antônio Monteiro (PTB-PE) é uma das três testemunhas que
serão ouvidas nesta quarta-feira (22) pelo juiz Sérgio Moro, em um
processo que investiga um suposto pagamento de propina para o
ex-ministro Antônio Palocci. A audiência está marcada para as 10h e será
realizada por videoconferência.
O parlamentar foi arrolado como testemunha pela defesa do ex-ministro,
que é acusado de receber propina da Odebrecht, para facilitar um
contrato entre a empreiteira e a Petrobras. Além do senador, Moro vai
ouvir o depoimento de uma testemunha do ex-assessor de Palocci,
Branislav Kontic e o ex-presidente do Grupo Odebrecht, Pedro Augusto
Ribeiro Novis, que foi indicado para falar pelo herdeiro da empreiteira,
Marcelo Odebrecht, também réu na ação penal.
A fase de depoimentos de testemunhas neste processo deve seguir até o
dia 29 deste mês. Entre as testemunhas a serem ouvidas há outros
políticos, como os deputados petistas Arlindo Chinaglia, Paulo Pimenta e
o senador Lindbergh Farias, também petista. A ex-petista, senadora
Marta Suplicy (PMDB-SP), deverá depor no mesmo dia dos outros
parlamentares.
Um dos depoimentos aguardados nesta ação penal era o da ex-presidente
Dilma Rousseff. No entanto, a defesa de Marcelo Odebrecht, que havia
feito o pedido para que ela fosse intimada, acabou desistindo do
depoimento. O pedido foi aceito por Moro, que cancelou a oitiva.
A partir de 31 de março, Moro começará a ouvir os réus. Os últimos
depoimentos marcados serão no dia 19 de abril, quando Palocci e Kontic
vão dar as respectivas versões sobre os fatos. Após essa fase, o juiz
deverá abrir prazo para que o MPF e os réus apresentem pedidos de novas
diligências, se acharem necessário.
Se não houver nenhuma diligência adicional, será aberto prazo para as
alegações finais no processo, tanto do MPF, quanto das defesas. Quando
essa fase for encerrada, Moro poderá definir uma sentença, condenando ou
absolvendo os réus. Não há, contudo, uma data para que a sentença seja
publicada.
Por Samuel Nunes, G1 PR, Curitiba
