Unidades foram escolhidas com base no baixo rendimento do Índice de Desenvolvimento, do Ministério da Educação
Na Capital, as escolas Camilo Dias e Dom José Nepote estão entre as escolas que aderiram ao programa “Novo Mais Educação” (Foto: Hione Nunes) |
Em Roraima, trinta e
cinco escolas estaduais da Capital aderiram ao programa de
acompanhamento pedagógico “Novo Mais Educação”, do Ministério da
Educação (MEC). A previsão é que as aulas se iniciem em abril com turmas
de reforço de português e matemática no horário oposto às aulas para os
estudantes.
O MEC seleciona as escolas com base no
baixo rendimento obtido no Índice de Desenvolvimento (Ideb), obtido
através da avaliação da Prova Brasil. O objetivo é obter melhores
resultados de aprendizagem do ensino fundamental, reduzir o abandono e a
reprovação.
As escolas fazem o plano de adesão,
indicam quantos alunos serão atendidos e selecionam a carga horária que
vão trabalhar. No Estado, foram escolhidas cinco horas de atividade. A
coordenadora do programa em Roraima, Karen Ribeiro, explicou que os
professores das escolas vão auxiliar no programa, porém, não ficarão
responsáveis pelas aulas.
Entram em cena os chamados ‘mediadores’,
que serão bolsistas contratados unicamente para atuar pelo programa.
“Os professores das escolas participam passando a demanda dos alunos
para os mediadores que, junto com a coordenação pedagógica da escola,
vão planejar, verificar que atividade, que metodologia vão utilizar para
que o aluno continue apreendendo e superando as dificuldades”, afirmou.
Os mediadores serão responsáveis pelas
disciplinas de português, matemática e pelas atividades lúdicas de
artes, cultura, esporte e lazer. Eles serão contratados pelas escolas
por meio do recurso do programa “Novo Mais Educação”. Será pago às
escolas a média de R$ 5 por mês por cada aluno para cobrir as despesas
com aquisição de materiais e contratação.
Com o recurso, o mediador vai receber
uma bolsa que tem valor variado entre escolas urbanas e as escolas
rurais para auxiliar na alimentação e no transporte. Para as escolas
urbanas, são R$ 80 por turma. Para escolas rurais, são R$ 120. Os
mediadores podem atuar em escolas diferentes conforme a disponibilidade
de horário, porém, só podem acumular dez turmas cada.
A coordenadora reforçou que os recursos
são recebidos por cada escola, responsável pelo seu gerenciamento e que a
Secretaria de Educação (Seed) fica responsável pela fiscalização para
“saber se o recurso está sendo bem aplicado”, disse. (P.C)
Seleção de mediadores está aberta
As escolas estaduais estão selecionando
os mediadores. Os interessados podem buscar diretamente as escolas com
currículo em mãos. A Seed pede que os interessados em disputar pela vaga
tenham formação ou estejam em formação de licenciatura, pedagogia ou em
áreas afins.
Segundo Karen, os mediadores vão passar
por um processo de capacitação no mês de março para atender as escolas
da Capital em abril. O programa também vai atender escolas dos
municípios, porém, ainda não foi divulgado quantas aderiram ao programa.
A previsão é que as aulas no interior se iniciem no final do mês de
abril ou início de maio.
As escolas estaduais que participam do
Programa Novo Mais Educação na Capital são: Treze de Setembro, Barão de
Parima, Buriti, Camilo Dias, Carlos Drummond de Andrade, Dom José
Nepote, Fagundes Varela, Girassol, Jesus Nazareno de Souza Cruz,
Professor Severino Cavalcante, Dr. Luiz Ritller de Lucena, Mario David
Andreazza, Monteiro Lobato, Olavo Brasil Filho, Oswaldo Cruz, Pedro
Elias, Penha Brasil, Costa e Silva, Prof. Antonio F. de Sousa, Profª.
Antônia Coelho de Lucena, Prof. Carlo Casadio, Prof. Diva Alves de Lima,
Profª. Francisca Elzika Coelho, Profª. Idarlene Severino da Silva,
Profª. Maria Sonia de Brito, Profª. Raimunda Nonato Freitas da Silva,
Fernando Grangeiro de Menezes, Profª. Maria de Lourdes Neves, São José,
São Vicente de Paula, Vitoria Mota Cruz, Wanda David Aguiar, Luiz
Ribeiro de Lima, Hildebrando Bitencourt e Profª. Maria das Neves
Rezende. (P.C.)
Por Paola Carvalho