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Governadora pede adiamento de pagamento da dívida com a União

Estado ainda deve algo em torno de R$ 1,3 bilhão em dívida com a União
Suely Campos propôs que a renegociação inclua quatro anos de carência do pagamento do valor principal da dívida (Foto: Divulgação)

O governo de Roraima pediu nesta quarta-feira, 21, ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que o pagamento das parcelas da dívida do Estado com a União seja prorrogado. A governadora Suely Campos alegou que a crise imigratória da Venezuela tem elevado os custos do governo estadual e pediu um fôlego financeiro ao governo federal. O encontro ocorre nove dias após a chefe do Executivo ter apresentado essa demanda ao presidente Michel Temer, durante visita dele a Roraima.
“Estamos em um momento delicado, com impacto significativo nas despesas e nos serviços de saúde, segurança e educação do Estado, por isso, pedimos o adiamento das parcelas, que são de R$ 22 milhões por mês”, disse a governadora, após reunião com Meirelles.
Suely lembrou também que o Estado tem uma economia "em formação" e que o orçamento do seu governo depende em 80% dos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE). "Para se ter uma ideia, houve aumento de 100% de matrículas na rede escolar e de 2.000% de aumento de atendimento na rede de saúde. Então juntando esse grande impacto à dívida que herdamos da gestão passada, isso requer que o governo federal dê uma atenção especial para Roraima. Por isso, estamos aqui com o ministro Meirelles para que ele possa analisar, que possamos prorrogar dívidas para dar fôlego financeiro para nosso Estado", afirmou.
Do encontro, realizado no gabinete do ministro, participaram ainda o secretário da Fazenda de Roraima, Kleber Coutinho; a secretária de Representação, Danielle Araújo; a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi; e o coordenador-geral de Operações de Crédito de Estados e Municípios, Renato da Motta Andrade Neto.
Suely Campos propôs que a renegociação inclua quatro anos de carência do pagamento do valor principal da dívida, com a amortização dos juros nesse período, e prorroga por mais seis anos a quitação. Com isso, o governo deixaria de pagar R$ 5,7 milhões todos os meses. “Com esse valor disponível em caixa, vamos melhorar o ajuste fiscal e a qualidade do serviço prestado a toda a população, além de incrementar os investimentos”, observou a governadora.
Segundo ela, o ministro ficou de reunir sua equipe para analisar possibilidades jurídicas para um adiamento no pagamento da dívida e uma nova reunião com representantes ficou marcada para hoje à tarde, 22, no ministério, para analisar de forma mais detalhada a situação.
A expectativa da governadora é de que a cobrança seja prorrogada. “Quem fez a dívida no passado não mencionou o impacto disso”, declarou. “No primeiro ano que assumimos, pagamos apenas os juros da dívida. E só depois, começamos a pagar as parcelas”, completou.
AGENDA – Na agenda de trabalhos da governadora em Brasília, também estão previstas audiências no Ministério de Minas e Energia e na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para tratar sobre a situação da Companhia Energética de Roraima (Cerr).




Por Folha Web
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