Hollywood está a caminho de pulverizar seus piores abusos e de uma
reinvenção, afirmou o presidente da Academia de Ciências e Artes
Cinematográficas, que organiza o Oscar, John Bailey.
"A Academia está em uma encruzilhada de mudanças", disse Bailey no
almoço de segunda-feira (5) com os indicados ao Oscar, no hotel Beverly
Hilton de Beverly Hills.
"Nós estamos vendo a Academia (de Ciências e Artes Cinematográficas) se reinventar diante de nossos olhos", afirmou.
"Há uma maior consciência e responsabilidade para equilibrar gênero, raça, etnias e religião".
"O rochedo fossilizado de muitos dos piores abusos de Hollywood estão sendo pulverizados no esquecimento", completou.
"Nada deixa isto mais claro que a riqueza de muitos dos filmes indicados este ano", destacou Bailey.
A Academia, que tem em sua maioria homens brancos e idosos, foi muito
criticada nos últimos anos por indicar artistas predominantemente
brancos e fundamentalmente masculinos.
Mas a organização iniciou uma expansão e diversidade de seus
integrantes. O ano passado marcou uma mudança com o prêmio de melhor
filme para "Moonlight".
A lista de indicados este ano é muito mais diversa, com vários
indicados negros como Denzel Washington, Daniel Kaluuya, Mary J. Blige,
Jordan Peele e Octavia Spencer.
Outras indicações celebradas foram as de Greta Gerwig, que se tornou a
quinta mulher a disputar a categoria de direção, e Rachel Morrison,
primeira mulher nomeada na categoria fotografia.
De Steven Spielberg, passando por Meryl Streep ao novo queridinho de
Hollywood, Timothée Chalamet, todos os indicados posaram para a foto da
"classe de 2018" do Oscar.
Por France Presse