O deficiente físico Witalo Santos Feitosa, de 26 anos, foi morto com um
tiro no tórax na tarde de domingo (25). O crime ocorreu na Rua Mauá,
bairro João Eduardo II, na capital acreana. Segundo a polícia, Feitosa
estava caminhando quando foi assassinado. Ninguém foi preso.
O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e liberado pelos
familiares ainda no domingo. O delegado Rêmulo Diniz falou, nesta
segunda (26), que o jovem, possivelmente, era usuário de drogas e
passava em frente a uma boca de fumo na hora do crime.
“Ele trafegava pela via pública. Infelizmente, a vítima era deficiente
físico e não teve condições de procurar abrigo e fugir desse ataque.
Estamos apurando a situação para ver se a vítima estava ali para consumo
de entorpecentes ou o que fazia por ali”, detalhou Diniz.
O delegado contou também que a Delegacia de Homicídio e Proteção à
Pessoa (DHPP) já iniciou as investigações, mas no local prevalece a lei
do silêncio. Ele afirmou que os bandidos usaram uma arma ponto 40 - de
uso restrito da Segurança Pública - para disparar contra as pessoas que
estavam em frente da casa.
“Houve uma mudança no perfil dos crimes e também na conduta dos
criminosos e das testemunhas. É uma realidade que tem afligindo a
sociedade e eles [testemunhas] têm evitado colaborado, mesmo de forma
anônima, com a polícia. Pedimos a colaboração porque é indispensável
para elucidação dos crimes, mas entendemos que o Estado precisa dar
segurança para aquelas que têm colaborado”, explicou.
Ainda segundo o delegado, o crime tem características de briga por
ponto de venda de drogas das facções criminosas. “Pelo tipo de arma
usada no momento e o modo como aconteceu é mais uma disputa por ponto de
venda de entorpecentes”, concluiu.
Por Aline Nascimento, G1 AC, Rio Branco