Após ter uma reação alérgica a um medicamento e deixar de sentir as
pernas, Thiago Maurício Amorim Araújo Oliveira Lima, de 4 anos, foi
diagnosticado com uma doença rara chamada Síndrome de Kawasaki.
A doença dilata as artérias coronárias e pode levar a um infarto agudo
do miocárdio, conforme o diagnóstico dado por uma cardiologista pediatra
do Hospital das Clínicas, em Rio Branco.
Ao G1,
a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) informou que já conseguiu a
medicação necessária para tratar a síndrome e que o menino ia começar o
tratamento com imunoglobulina humana ainda nesta terça-feira (20).
A família informou que Lima foi levado para a Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas nesta terça (20) para tomar a
medicação.
Desesperada, a avó do menino, Maura Isabel, de 41 anos, afirma que
precisou custear exames e medicamentos na rede particular devido à
urgência no tratamento. Além disso, conta que a médica afirmou que Lima
deveria iniciar no máximo em três dias o tratamento, a contar desta
terça (20), com a imunoglobulina ou poderia ter um infarto e morrer.
“Se depois de três dias ele fosse tomar o remédio não ia adiantar mais.
De acordo com a médica, não ia fazer mais efeitos. Ele está com as
pernas inchadas, ele fica empolado e rapidamente desaparece e depois
reaparece. O rosto dele está todo inchado, mas ele continua comendo e
andando”, relata a avó.
Maura conta que tudo começou quando Thiago reclamou de uma dor
abdominal. Inicialmente ele foi levado à Unidade de Pronto Atendimento
(UPA), em seguida para o Pronto-Socorro de Rio Branco onde tomou o
tramal.
Após algumas horas em observação e já com alergia, o médico o
encaminhou para casa, onde a avó deu uma dose do vermífugo receitado.
Minutos depois, o menino pediu ajuda e disse que não sentia as pernas.
“Ele não sentia as pernas. Eu fiquei desesperada, voltei para o
Pronto-Socorro, deram medicação para dor e disseram que era apenas uma
alergia. Ele foi transferido para o Hospital da Criança e depois
diagnosticado com a síndrome”, relata.
A avó pede ajuda, pois afirma que ela e a filha estão desempregadas e
precisam custear alguns medicamentos e até exames de Lima.
“Não sabemos mais no que acreditar. Precisamos de ajuda, estamos sem
saída, sem opções. As pessoas no hospital ajudam, já recebemos algumas
coisas, mas tudo é bem-vindo. A médica disse que as articulações e as
veias do coração estão muito comprometidas e a situação é crítica. Quem
puder ajudar nós agradecemos”, finaliza.
Por Quésia Melo, G1 AC, Rio Branco