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PF faz operação contra empresas de serviços de limpeza em desdobramento da Lava Jato

Há mandados em São Paulo e Belo Horizonte. A organização, especializada em lavagem de dinheiro, emitiu mais de R$ 900 milhões em notas fiscais com indícios de fraude.
Prédio na Vila Nova Conceição, Zona Sul da capital paulista, onde é cumprido mandado de busca e apreensão (Foto: André Emateguy/TV Globo )

A Polícia Federal e a Receita Federal cumprem mandados de busca e apreensão em operação de desdobramento da Lava Jato em São Paulo e Minas Gerais na manhã desta quinta-feira (1º). A Operação Descarte tem como objetivo desarticular esquema criminoso de lavagem de dinheiro e desvios de recursos pagos por prefeituras municipais pela limpeza urbana.
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em residências e empresas nas cidades de São Paulo (9), Santos/SP (1), Paulínia/SP (1), Belo Horizonte (2) e Lamin/MG (2). Em BH, os policiais fazem buscas na casa de Átila Reys Silva, empresário da construção civil, em Mangabeiras, bairro nobre da capital mineira. Ele é apontado pela PF como operador do esquema.
De acordo com a Receita Federal, a organização criminosa emitiu mais de R$ 900 milhões em notas fiscais com indícios de fraude. A investigação foi feita a partir de delação do doleiro Alberto Youssef.
Segundo a Polícia Federal, "as empresas participantes do esquema simulavam a venda de mercadorias ao cliente do 'serviço' de lavagem, que então pagava por produtos inexistentes via transferências bancárias ou boletos (para dar aparência de legalidade à aquisição). As quantias recebidas eram transferidas para diversas outras empresas de fachada, que remetiam os valores para o exterior ou faziam transferências para pessoas ligadas ao cliente inicial".
PF faz operação contra lavagem de dinheiro envolvendo empresas de serviço de limpeza
PF faz operação contra lavagem de dinheiro envolvendo empresas de serviço de limpeza
A investigação mostrou que a empresa Soma, concessionária de serviços públicos de limpeza no município de São Paulo, é "a maior cliente identificada, usou serviços da rede profissionalizada de lavagem de dinheiro, tendo simulado a aquisição de detergentes, sacos de lixo, uniformes etc., entre os anos de 2012 e 2017". O G1 e a TV Globo procuraram a Soma e aguardam posicionamento. A Prefeitura de São Paulo disse que não vai se posicionar.
No total, segundo a PF, foram repassados mais de R$120 milhões para terceiros ainda não identificados. Uma das células do esquema criminoso mandou ilegalmente parte dos valores para o exterior, em favor de funcionário público argentino e em conluio com operadores financeiros que foram presos posteriormente durante a Operação Lava Jato. Além disso, o grupo adquiriu vários veículos de alto luxo, como Ferrari, Masserati e BMW, registrados em nome de laranjas.
A investigação foi feita a partir de delação do doleiro Alberto Youssef. Os mandados de busca foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal.
Mandado de busca e apressnão é cumprido em apartamento na Zona Sul de SP (Foto: André Emateguy/TV Globo)






Por Bruno Tavares e Robinson Cerântula, TV Globo 
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