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Deputado diz que Roraima Forte é mais um engodo para a sociedade


   
Foto:  Antônio Diniz
Deputado Soldado Sampaio: “Tantos programas já foram lançados por este governo apenas com intuito eleitoreiro”

Ao fazer um levantamento de vários programas que o Governo do Estado já lançou em Roraima, o líder da oposição na Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE-RR), deputado Soldado Sampaio (PCdoB) afirmou na sessão de ontem que o movimento Roraima Forte, organizado pelo grupo governista, é mais um artifício que teria o intuito de ludibriar a sociedade para fins eleitoreiros.

“Vi recentemente uma estratégia, lançada pelo grupo do Governo do Estado, chamada Roraima Forte. Para mim, isso foi chamar o povo de bobo. Mas quero alertar ao governador Anchieta Júnior [PSDB] e ao senador Romero Jucá [PMDB], que hoje temos uma sociedade formada por universitários e servidores concursados, que conseguem perfeitamente fazer uma leitura do cenário político. Além da população do interior, principalmente aqueles que vivem da agricultura e que estão sendo massacrados pela falta de estrutura que esse Governo do Estado oferece. As pessoas que vivem nesse Estado sabem o que é o governo Anchieta e o que a perpetuação dele representa para o estado”, comentou.

Ele questionou no plenário da Assembleia qual seria a real intenção do lançamento desse movimento, se o grupo político do governador já estaria pensando em 2014 e se esse seria um projeto eleitoral. “O projeto deles é manter o vice Chico Rodrigues como governador no ano que vem, eleger Anchieta para o Senado, colocar o filho de Jucá no governo e assim o grupo se perpetuar no poder, contando com a prefeita de Boa Vista [Teresa Surita, do PMDB] e vários meios de comunicação que já estão sob o comando deles”, acusou Sampaio, lembrando que ele veio para Roraima, fugindo da ditadura existente no estado do Maranhão, sob o comando da família Sarney. No entanto, ele acredita que a mesma situação está se instalando em Roraima, com família do senador Romero Jucá que estaria dominando todos os setores do Estado.

Para basear as críticas que estava fazendo ao Movimento Roraima Forte, o deputado exemplificou o lançamento de vários programas por parte do Governo do Estado, ao longo da gestão de Anchieta Júnior, que não passaram de engodo para ludibriar a população. “Os programas lançados tiveram intuito eleitoreiro para justificar os gastos vultosos que o governo tem com a propaganda que faz na TV. Um exemplo disso é o programa Avança Roraima, que reuniu 30 conselheiros que iriam orientar o governador sobre a gestão dele. O lançamento ainda contou com a presença do senador cearense Tasso Jereissati (PSDB). Foi apenas palanque político para 2010 e não saiu nada dos famosos 30 conselheiros, pessoas voluntárias que fizeram papel de bobos porque o tal programa não chegou a lugar nenhum”, criticou.

Ele citou ainda o programa Mãe Merendeira, que foi criado apenas para criar poucos empregos também com objetivos eleitoreiros; o Cuidar, classificado pelo deputado como cópia do Brasil Carinhoso do Governo Federal, mas mal executado em Roraima, pois não consegue atender nem a metade do que se propõe; o Pró-Custeio, que conforme a Fetag-RR (Federação dos Trabalhadores em Agricultura de Roraima)  não atendeu ao que se propôs e nem teve o aumento do que teria sido prometido pelo governador; o Bolsa Universitária, que teria deixado milhares de jovens sem ter acesso aos certificados de conclusão de curso, porque o governo não pagou as dívidas com as faculdades particulares e hoje o programa está suspenso; além do Crédito Social, que nasceu de outro programa com a promessa em 2010 também de reajuste para R$ 150,00, mas até agora nada.

“Mas o cúmulo do cúmulo foi aquele projeto de transformar Roraima em um Eco Estado. Vejamos o prejuízo que foi trazer esse discurso para este Estado. E estão aí as reservas ambientais sendo ampliadas, deixando municípios como Baliza, Caroebe e Rorainópolis sem terras para produzir, enquanto o governo se ocupa de criar programas sem pé nem cabeça para enganar a população”, comentou o deputado.

Ele deixou outros questionamentos no plenário da Assembleia: “Que resultados foram obtidos com esses programas lançados pelo governo? O que foi desenvolvido no Estado, por meio desses programas? E isso não é discurso político da oposição não! Quero chamar aqui a base governista para discutir, com base em dados, quanto custou cada programa e o que melhorou para a população com esses programas. Vamos discutir ponto a ponto e, a partir daí, fazer uma análise se esse Roraima Forte realmente vai dar certo”, frisou Sampaio.

REFLEXÃO - O deputado estadual da base governista Ionilson Sampaio (PSB) classificou o pronunciamento do líder do governo como pertinente e que serviria como reflexão para todos os políticos do Estado. “Temos muitos avanços no Estado e há outros onde o governo pecou muito. Não foi de todo ruim, mas poderia ser muito melhor se tivéssemos atentado para questões cruciais Estado. Agora a interrogação que fica é: se precisa lançar o Roraima Forte, quem foi que enfraqueceu o Estado? Estamos necessitando de um Estado forte porque algum motivo houve para fragilizar o Estado. Nosso partido, o PSB, provavelmente estará á frente do Estado em abril, mas isso é motivo de preocupação diante das dificuldades imensas que sabemos que vamos enfrentar. Estive conversando com o vice-governador Chico Rodrigues e essa é a nossa preocupação”, observou o deputado.

Para ele, é preciso, sim, deixar o Estado mais forte, mas, para isso, é preciso sair do discurso e definir que diretrizes são as que vão estabelecer os caminhos que serão tomados para fortalecer o Estado, que foi enfraquecido provavelmente de forma proposital ou por incompetência. “E digo incompetência inclusive por tolerância excessiva da própria Assembleia, que também colaborou para tornar Roraima um Estado fraco. Por isso, sabemos que o desafio é grande e que não temos nem noção exata da proporção para os próximos 10 ou 12 anos, independente da política. Os desafios assustam, mas espero que tenhamos dias melhores”, comentou o deputado lembrando de um ditado popular “Não há nada tão ruim que não possa piorar. Mas acredito que chegamos no limiar disso e a sociedade não aguenta mais uma piora”.

PERGUNTAS - O deputado estadual Mecias de Jesus (PRB) parabenizou os idealizadores do Roraima Forte, mas questionou o porquê deles não terem lançado o programa há seis anos. “Por que só agora começar a fazer esses projetos? Não quero atacar o governador e senador Romero Jucá, mas o Roraima Forte poderia ter iniciado há seis anos. Hoje Roraima é o Estado mais fraco do país, em termos de educação, saúde e segurança”, criticou.

PROGRAMA – O movimento Roraima Forte, coordenado pelo senador Romero Jucá (PMDB), lançado na segunda-feira, visa trabalhar em cima de cinco eixos: a autodeterminação e liberdade com a independência da União para resolver questões do Estado; a produção e o empreendedorismo com o incentivo para pequenos, médios e grandes produtores de Roraima; a consolidação da infraestrutura com energia, pavimentação e saneamento em todo Estado; o serviço público de qualidade com servidores valorizados e com condições favoráveis de trabalho; e, por fim, uma gestão moderna e eficaz com trabalho, ágil, descentralizado e simplificado. Segundo ele,  este movimento deverá discutir o que se quer de fato para o nosso futuro do estado.







SHENEVILLE ARAÚJO
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