Cirilo Barros está foragido há um ano e meio, quando teria fugido da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo na madrugada do dia 5 de abril do ano passado. Mas as suspeitas são de que ele saiu pela porta da frente do presídio por meio da facilitação. Em agosto, ele foi julgado à revelia e condenado por ser o executor do empresário Francisco Assunção Mesquita (Chico da Meta), morto a tiros na noite do dia 12 de maio de 2011.
O crime teria sido encomendado pelo seu primo, Vibaldo Nogueira Barros, o Vivi, que também era empresário da aviação e foi preso na mesma noite. Vivi conseguiu fugir da prisão na madrugada do dia 23 de setembro do ano passado. Ele estava em uma sala improvisada como cela no Comando de Policiamento da Capital (CPC) da Polícia Militar. As circunstâncias da fuga ainda não foram esclarecidas. Na mesma madrugada, Vivi foi dado como morto ao sofrer um acidente com o avião que ele acabara de decolar da pista de sua empresa, no Município do Cantá.
Vivi teria mandado matar Chico da Meta por causa da disputa de uma licitação milionária na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) destinada a contratar uma empresa para fazer voos para áreas indígenas. Depois da prisão, Vivi havia sido apontado como integrante de um suposto esquema de compra de votos em 2010.
A Polícia Federal abriu inquérito, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), após as perícias feitas nos aparelhos celulares de Vivi, apreendidos pela Polícia Civil depois do assassinato de Chico da Meta. Na memória dos aparelhos, inúmeras ligações e mensagens comprometedoras. Vivi seria o homem do grupo governista que voava com dinheiro para suposta compra de votos no interior do Estado.
As ligações comprometedoras revelariam um grande esquema de compra de votos na Capital e interior do Estado. Foram descobertas por acaso pela Polícia Civil, já que Vivi era investigado apenas por ser o principal suspeito de ter mandado matar Chico da Meta por causa de licitações milionárias no setor de aviação.