Presidente fará discurso que será transmitido ao vivo pela TV aos cubanos.
Empresário coloca cartaz com imagem de Obama no centro da capital.
Cartaz com foto de Barakc Obama e Raúl Castro é visto nesta quinta-feira (17) em Havana (Foto: YAMIL LAGE / AFP) |
A três dias da visita do presidente americano Barack Obama, um primeiro cartaz com sua fotografia surgiu, nesta quinta-feira (17), em Havana Velha, uma zona turística dominada pela iconografia revolucionária de Che Guevara e de outros dirigentes comunistas.
Os cubanos estão acostumados a conviver com cartazes de Che e do líder Fidel Castro, seu irmão e atual presidente, Raúl Castro, ou do herói nacional José Martí.
Um empresário de um restaurante privado alterou essa paisagem com a imagem de Obama ao lado de Raúl Castro, tendo as bandeiras americana e cubana ao fundo.
Miguel Ángel Morales, proprietário do restaurante La Moneda Cubana, perto da Catedral de Havana, classificou a visita de "grande passo" no processo de reconciliação. Este será o primeiro lugar visitado por Obama no domingo.
"Pelo que eu sei, nunca houve um retrato de um presidente americano antes", disse Morales, de 41 anos, à agência France Presse.
"Em nosso restaurante, tivemos a bandeira dos Estados Unidos do lado de dentro durante cinco anos, mas também é a primeira vez que nós a mostramos do lado de fora" (na varanda), acrescentou.
Morales acredita que as autoridades não vão lhe pedir que retire a imagem. "Vamos ver o que acontece. Quanto mais publicidade, melhor para mim. E será difícil para eles fazer qualquer coisa contra nós", completou.
Obama, o primeiro presidente americano que visitará Cuba em 88 anos, prevê coroar com sua viagem o processo de reconciliação diplomática que começou no final de 2014 depois de mais de meio século de inimizade entre os dois países.
Um pacote de dispositivos anunciado por Washington na terça-feira inclui novas facilidades para que os americanos viajem a Cuba, a importação de alguns produtos cubanos e maior acesso ao sistema financeiro americano.
Remoção de taxa
A esse respeito, o ministro do Exterior, Bruno Rodríguez, indicou que o governo está avaliando o alcance destes anúncios, principalmente no que diz respeito à autorização para que Cuba use o dólar em suas transações internacionais.
Só quando se comprovar que o sistema financeiro internacional permite à ilha o uso efetivo do dólar, as autoridades eliminarão a taxa de 10% aplicada à divisa americana que entra no país, anunciou o chanceler.
Este imposto implica em que, a cada dólar em espécie, o governo cubano paga 90 centavos de pesos conversíveis cubanos (CUC), a moeda "forte" que circula paralelamente com o tradicional peso cubano.
Apesar de reforçar as diferenças, Rodríguez assegurou que o governo ouvirá com "profunda atenção e respeito" as palavras de Obama.
"Certamente, vão-se expressar algumas diferenças, que também ouviremos com todo o respeito, sem renunciar às nossas posições", antecipou o chanceler.
Os cubanos estão acostumados a conviver com cartazes de Che e do líder Fidel Castro, seu irmão e atual presidente, Raúl Castro, ou do herói nacional José Martí.
Um empresário de um restaurante privado alterou essa paisagem com a imagem de Obama ao lado de Raúl Castro, tendo as bandeiras americana e cubana ao fundo.
Miguel Ángel Morales, proprietário do restaurante La Moneda Cubana, perto da Catedral de Havana, classificou a visita de "grande passo" no processo de reconciliação. Este será o primeiro lugar visitado por Obama no domingo.
"Pelo que eu sei, nunca houve um retrato de um presidente americano antes", disse Morales, de 41 anos, à agência France Presse.
"Em nosso restaurante, tivemos a bandeira dos Estados Unidos do lado de dentro durante cinco anos, mas também é a primeira vez que nós a mostramos do lado de fora" (na varanda), acrescentou.
Morales acredita que as autoridades não vão lhe pedir que retire a imagem. "Vamos ver o que acontece. Quanto mais publicidade, melhor para mim. E será difícil para eles fazer qualquer coisa contra nós", completou.
Obama, o primeiro presidente americano que visitará Cuba em 88 anos, prevê coroar com sua viagem o processo de reconciliação diplomática que começou no final de 2014 depois de mais de meio século de inimizade entre os dois países.
Bandeiras dos Estados Unidos e de Cuba são vistas nesta quinta-feira (17) em Havana (Foto: YAMIL LAGE / AFP)
O chefe de Estado, que irá à ilha acompanhado da esposa, da sogra e das
filhas, fará um discurso na terça-feira no Grande Teatro de Havana. O
pronunciamento será transmitido ao vivo pela TV aos cubanos.Um pacote de dispositivos anunciado por Washington na terça-feira inclui novas facilidades para que os americanos viajem a Cuba, a importação de alguns produtos cubanos e maior acesso ao sistema financeiro americano.
Remoção de taxa
A esse respeito, o ministro do Exterior, Bruno Rodríguez, indicou que o governo está avaliando o alcance destes anúncios, principalmente no que diz respeito à autorização para que Cuba use o dólar em suas transações internacionais.
Só quando se comprovar que o sistema financeiro internacional permite à ilha o uso efetivo do dólar, as autoridades eliminarão a taxa de 10% aplicada à divisa americana que entra no país, anunciou o chanceler.
Este imposto implica em que, a cada dólar em espécie, o governo cubano paga 90 centavos de pesos conversíveis cubanos (CUC), a moeda "forte" que circula paralelamente com o tradicional peso cubano.
Apesar de reforçar as diferenças, Rodríguez assegurou que o governo ouvirá com "profunda atenção e respeito" as palavras de Obama.
"Certamente, vão-se expressar algumas diferenças, que também ouviremos com todo o respeito, sem renunciar às nossas posições", antecipou o chanceler.
Mulher
com vestido com as cores da bandeira dos EUA caminha nesta quinta-feira
(17) pelo centro de Havana (Foto: YAMIL LAGE / AFP)
Da AFP