Aparelhos chegaram ao Estado e funcionários serão treinados para utilizá-los nos testes que darão diagnóstico em vinte minutos.
Grávidas, recém-nascidos e bebês com menos de 3 anos de idade são o público-alvo do teste rápido (Foto: Divulgação) |
Os testes rápidos de
identificação do zika vírus começarão a ser oferecidos no mês que vem na
rede pública estadual, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde
(Sesau), que fará treinamentos com os funcionários responsáveis pelo
manuseio das tiras portáteis que compõem o teste. A detecção por este
método leva apenas vinte minutos. A previsão do Ministério da Saúde (MS)
era que até fevereiro deste ano, as tiras estariam nos postos.
O teste rápido havia sido anunciado pela
primeira vez em outubro de 2016. A empresa sul-coreana Genbody Inc.
havia feito um acordo para transferir a tecnologia de produção dos
aparelhos para o laboratório público brasileiro Bahiafarma. Três milhões
e meio de tiras, com o custo total de R$119 milhões, foram compradas na
época através de licitação. A previsão era de que entre o final de 2016
e o mês de fevereiro de 2017 os estados receberiam os equipamentos.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde
(SUS) utiliza a biologia molecular (PCR), na qual é coletada e examinada
uma amostra do sangue possivelmente infectado. O resultado demora
alguns dias, devido à complexidade das análises químicas, e só funciona
se a pessoa estiver doente no momento em que levou a injeção.
No teste rápido, um aparelho em formato
de tira identifica através do soro do sangue se a pessoa teve zika há
até duas semanas. O outro aparelho detecta se a infecção já havia
acometido a pessoa em um período mais distante. Grávidas, recém-nascidos
e bebês de até 3 anos de idade têm prioridade na fila para o teste. O
médico é quem determina quando o paciente precisa utilizar os
equipamentos.
NÚMEROS - No ano
passado, 165 casos de zika foram confirmados no Estado, conforme a
Sesau. Até março deste ano, 19 casos já foram diagnosticados. Os testes
são feitos pelas unidades de saúde municipais. Em Boa Vista, a
Prefeitura diz que 51 grávidas que apresentaram sintomas têm sido
monitoradas, mas nenhuma recebeu confirmação da doença por enquanto. “A
assistência está sendo realizada conforme preconiza o Ministério da
Saúde e, até o momento, não recebemos nenhum comunicado de quando
ocorrerão”, disse a Prefeitura. (NW)
Por Folha Web