Três torcedores do Corinthians foram condenados nesta quinta-feira (23)
pela morte do torcedor palmeirense Gilberto Torres Pereira, em 19 de
agosto de 2014, durante uma briga na estação da Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos (CPTM). Os advogados já entraram com recurso .
Raimundo César Faustino, conhecido como Capá, foi condenado a 21 anos
por homicídio qualificado e motivo fútil. Ele era vereador pelo PT na
época e integrante da Gaviões da Fiel. Capá foi preso e levado para o
Presídio de Franco da Rocha. Em 2013, o acusado foi flagrado em uma
briga na partida entre Corinthians e Vasco, no Estádio Mané Garrincha,
em Brasília (DF).
A sentença foi lida na manhã desta quinta-feira, pelo Juiz Rafael
Carvalho de Sá Roriz no Fórum de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. O
julgamento começou por volta das 10h30 desta quarta-feira (21) e se
estendeu pela madrugada. O júri foi composto por sete pessoas e ouviu 13
testemunhas da acusação e da defesa, além dos réus, que estavam presos
desde 2014.
A vítima era professor e integrava a torcida organizada Mancha Verde.
Ele teve traumatismo craniano após ser agredido por um galho de árvore
usado pelos torcedores rivais. Pereira ficou internado alguns dias no
hospital antes de morrer.
Segundo a acusação, Pereira foi agredido com pedaços de madeira por um
grupo de corinthianos. Naquele dia, o Palmeiras perdeu para o São Paulo
no estádio do Pacaembu, na Zona Oeste.
Na época, Ricardo Cabral, advogado da Gaviões da Fiel, disse que Capá
estava no local dos fatos e que teria de se explicar no curso do
processo. Thiago de Siqueira Coscia disse que Capá não participou do
crime e que nada poderia vinculá-lo com o crime.
O G1 não conseguiu localizar os advogados de defesa dos outros dois réus.
Por G1 São Paulo